A venda de selos constitui a grande receita destes serviços e atingiu 259 808 contos em 1958, mais 12 404 contos do que no ano anterior. Embora o aumento flectisse um pouco em relação ao do ano anterior, pode dizer-se ter sido satisfatório. A seguir indica-se a origem da receita destes serviços:

Na venda de selos há a considerar que durante o ano de 1957 se modificaram as taxas das encomendas postais em vigor até 15 de Agosto. Este agravamento tarifário trouxe acréscimo na receita e contribuiu para o aumento.

Há também a assinalar este ano melhoria apreciável no uso das máquinas de franquiar. Esta melhoria tem vindo a acentuar-se nos últimos anos.

As liquidações com correios estrangeiros silo instáveis e podem ocasionar desvios grandes nos totais.

Este ano a receita foi maior do que a do ano passado.

A repartição geográfica do tráfego postal indica posição preponderante da cidade de Lisboa que se acentuou ligeiramente no último ano.

A estação de maior movimento é a do Terreiro do Paço, que cobrou 80 382 contos, seguida pela da Batalha, no Porto, com 28 636 contos.

Os números a seguir indicam a repartição do tráfego postal, isolando os que se referem às cidades de Lisboa e Porto:

Todo o País, com excepção das cidades de Lisboa e Porto, produz 54,5 por cento das receitas, ou 141 783 contos, num total de 259 808 contos. Lisboa já produz mais do que um terço. Em 1958 o aumento de receita na rede dos telefones foi da ordem dos 13 825 contos, cerca de 6,2 por cento, o que não é percentagem grande, em todo o caso um pouco superior à de 1957 em relação a 1956. O incremento deu-se em todos os serviços: o nacional, o internacional e o das redes e linhas particulares. Mas a

cifra relativa ao primeiro é tão preponderante que um aumento nela influi muito na percentagem final. Os números para 1957 e 1958 são os que seguem:

Embora se não possa considerar satisfatório o aumento da receita dos telefones, no serviço nacional, durante o ano de 1958, que foi de 11 629 contos ou 5,76 por cento, deve dizer-se que a extensão da rede atinge hoje pequenos lugares onde o seu uso é menos frequente de que o dos centros urbanos. A percentagem de aumento nas redes particulares atingiu 9,32 por cento.

Aumentaram bastante os postos principais e suplementares; na rede do Estado ultrapassaram a casa dos 100 000 (103 431 ). Havia pedidos no fim do ano da ordem dos 12 500.

A seguir publica-se a evolução da rede telefónica nos últimos anos, que pode comparar-se com a existente em 1938:

Ainda se está longe da saturação. No entanto, a densidade telefónica tem aumentado, aproximando-se de 4 por 100 habitantes, o que ainda é bastante baixo.

Incluindo o Estado e a rede particular, a densidade telefónica é a que segue:

Já atrás se aludiu às receitas dos telefones. A sua ascensão andou à roda de 8 por cento nos quatro anos que se seguiram a 1952. Depois caiu para percentagem compreendida entre 5 e 6. Quererá isto significar maior desinteresse pelo seu uso?