As despesas durante o ano foram:
Este saldo está investido em material, títulos de crédito, empréstimos ao fundo de 1.º estabelecimento e dinheiro.
O emprego do fundo de reserva nos últimos três anos é indicado nos números do quadro seguinte:
A maior subida deu-se nos empréstimos. O dinheiro em caixa diminuiu apreciavelmente, mas a verba em material de armazém aumentou.
Administração-Geral do Porto de Lisboa
De há muito tempo é este o primeiro ano em que se dá recuo apreciável na receita ordinária, não obstante o aumento nalgumas rubricas que a constituem.
Este facto tem tanto mais importância quando se nota que a quebra na receita se deve a menores rendimentos das operações do porto, como nos entrepostos, nos cais, no estacionamento de navios, nas docas, nos rebocadores e diversas outras. Quer dizer: o menor movimento de navios e carga é directamente responsável pela diminuição, ainda amparada por maior renda paga nas oficinas, que passou de 12 825 contos para 16 858 contos, mais 4033 contos do que em 1957.
Nas receitas extraordinárias também se deu uma queda bastante grande. Nos últimos dois anos as receitas extraordinárias, na quase totalidade provenientes de empréstimos do Estado, haviam sido superiores a 50 000 contos - 56 847 contos em 1956 e 50 773 contos em
Receitas ordinárias
Nota-se nos números que as únicas receitas com aumento em relação ao ano anterior são as de terrenos e armazéns e rendas das oficinas, ambas independentes das actividades do porto, se assim se pode dizer.
Todas as outras directamente ligadas a operações portuárias acusam decréscimos, nalguns casos relativamente altos, como, por exemplo, no rendimento dos
cais (menos 2370 contos) e nos entrepostos (menos 1863 contos).
Na rubrica «Diversos», que diminuiu de 1189 contos, há duas verbas que preenchem metade do total - a receita do embarque e desembarque de passageiros e bagagens (2656 contos) e uso de cábreas (2374 contos).
Em ambos os casos a receita de 1957 foi superior à de 1958.