O índice de Cabo Verde não tem história. Nem sequer acompanhou o aumento nos preços. As condições da província não podem ser brilhantes.
Já os índices da Guiné, S. Tomé e Príncipe, Índia e Timor apresentam melhor aspecto, pois vão desde 012 até 650. A vida financeira de Macau, tal como decorro das cifras, também se mantém estática, ainda que com melhor aspecto do que a de Cabo Verde.
Os índices subiram muito em Angola e Moçambique. Apesar de Moçambique apresentar cifra bastante superior, ela não corresponde a uma realidade se nas duas províncias se subtraírem aos totais as despesas dos serviços autónomos, como será feito quando se examinarem adianto em pormenor as suas contas.
De qualquer modo, o índice total atingiu 909, contra 818 em 1957.
Distribuição das despesas ordinárias
A seguir publica-se um quadro que dá ideia da distribuição da despesa no conjunto dos territórios ultramarinos.
Nota-se logo a desproporção dos diversos capítulos. Os serviços de fomento absorveram em 1908 mais de 52 por cento da despesa total, seguidos pelos encargos gerais (10,4 por cento) e administração geral e fiscalização (14,3 por cento).
E nos serviços de fomento que se contabilizam as despesas dos serviços autónomos e é devido a eles que esta classe de despesas apresenta posição tão alta.
Se forem comparadas as percentagens que correspondiam a cada serviço om 1938 e 1958, notam-se consideráveis modificações.
A dos serviços de fomento passou de 17,9 por cento para 53,2 por cento. Quase todas as restantes caíram. Apenas se deu um aumento nos encargos gerais, que também tem a sua explicação.
Considerando agora os valores absolutos, nota-se que quase todas as rubricas aumentaram os seus valores em relação a 1957, mas onde o acréscimo se tornou mais saliente foi nos serviços de fomento (mais 345 490 contos), nos encargos gerais (mais 62 388 contos) e, finalmente, nos serviços de administração geral o fiscalização (mais 55267 contos). Cerca de 85 por
cento do aumento total de 542 563 contos foi absolvido por estes serviços.
Influência dos serviços autónomos
A sua importância deriva essencialmente do peso da receitas e despesas dos portos, caminhos de ferro correios, telégrafos e telefones. Mas as duas classes d despesas relacionadas com os transportes exercem influência preponderante e convém isolá-las das restante despesas, de modo a ter melhor ideia do conjunto.
Assim, compilou-se um quadro. Nele os serviços de fomento não contêm a despesa dos portos e caminho, de ferro.
Não se excluiu a despesa dos correios, telégrafos telefones por não ter tão grande influencia e por se comum em relativa importância a todas as províncias
Os números para as diversas classes de despesas com exclusão da que compete aos portos e caminho de ferro, são os que seguem.