Nota.- Do empréstimo destinado a fazer face às despesas do Plano (Decretos

n.ºs 39 194, de 6 de Maio de 1953, e 40 379, de l5 de Novembro de 1955) contabilizaram-se 137:000.000$. Despenderam-se 96:789.114$20 e o remanescente - 40:210.885$80 - encontra-se depositado em operados de tesouraria.

O exame das cifras mostra que as duas verbas mais importantes se referem ao aproveitamento dos recursos da província e a portos e aeroportos. Gastaram-se ao todo 96 789 contos.

No ano de 1958 o dispêndio foi de 30 870 contos, assim divididos:

Aproveitamento de recursos: Melhoramentos hidroagrícolas,

florestais e pecuários ..................... 10 402

b) Sondagens hidrogeológicas e abastecimento de

Porto do S. Vicente e suas ligações ........ 10 033

Em Maio de 1953 foi autorizado o empréstimo de 137 000 contos destinado ao financiamento do Plano, mas só foi possível gastar 96 780 contos, como se viu acima. Há disponível, depositada em contas de operações de tesouraria, a quantia de 40 211 contos.

Como se informou, acima, não é fácil avaliar no momento actual a eficiência das verbas utilizadas nas ohms do Plano de Fomento. No entanto, pode dar-se uma resenha das despesas feitas durante a vigência do I Plano de Fomento em algumas.

Melhoramentos hidroagrícolas, florestais e pecuários Nos aproveitamentos hidroagrícolas sobressaem os da ribeira Grande (147 contos), ribeira de Chã de Pedras (840 contos), ribeira do Jorge (1691 contos), ribeira da Turre (330 contos), ribeira da Garça (52 contos) e ribeira do Paul (493 contos), tudo na ilha de Santo Antão.

Na ilha de Santiago as obras mais importantes foram as da ribeiro, de

S. Martinho Pequeno (1679 contos), ribeira de S. Domingos (3440 contos), ribeira de 81 Francisco (261 contos), ribeira de Santa Cruz (261 contos), ribeira dos Engenhos (261 contos), além de outros aproveitamentos, caminhos de acesso e obras diversas, no valor de 626 contos.

Também na ilha do Fogo se gastaram, um aproveitamentos hidroagrícolas, 196 contos, 33 contos na ilha Brava, além do 75 coutos na ilha de S. Nicolau.

A simples enumerarão destas obras em muitas ribeiras dá ideia de que devem ter melhorado consideravelmente, em relação ao passado, as condições de produção agrícola.

Seria conveniente elaborar um relatório que mostrasse, praticamente, a influência dos dinheiros despendidos com as produções anuais nos diversos géneros, no passado e depois da execução das obras.

Além da execução do esquema hidroagrícola nas diversas ribeiras, também se gastam, pela rubrica de melhoramentos agrícolas e florestais, várias verbas, algumas relativamente elevadas.

Assim, os levantamentos topográficos e cadastrais do propriedades utilizaram 3258 contos, estudos e projectos custaram 1545 contos, o fomento pecuário já consumiu 11 813 contos e no fomento florestal gastaram-se 5063 contos na ilha de Santo Antão, 1853 contos na ilha de S. Nicolau, 1118 contos na do Fogo e 281 contos numa correcção torrencial na ilha do S. Vicente.

Ainda se devem acrescentar às verbas acima mencionadas os encargos de administração e fiscalização (4034 contos) e aquisições diversas para manutenção dos serviços (2248 contos).

A súmula das despesas realizadas com melhoramentos hidroagrícolas, florestais e pecuários pode exprimir-se do modo que segue:

Contos

Aproveitamentos hidroagrícolas .............. 11 298

Levantamentos topográficos e cadastrais ..... 3 257

Encargos de administração e fiscalização .... 4 635

Sondagens geológicas Utilizaram-se com este fim 8001 contos. As ilhas mais beneficiadas foram as do Fogo (2860 contos), Santiago (2030 contos), S. Vicente (1112 contos) e Maio (460 contos).