É interessante notar que a dependência do exterior de S. Tomé e Príncipe, pelo que diz respeito a alimentação, se mantém através dos tempos.

Em 1938 a percentagem nas importações de substâncias foi de 43,6 e de 42 em 1958.

As principais importações em 1958 foram:

Vê-se a importância das substâncias alimentícias importadas da metrópole ou do ultramar.

Dos 128 120 contos importados couberam à metrópole 55 750 contos, ou 43,5 por cento, e ao ultramar 32 029 contos, ou 25 por cento. Assim, 68,5 das importações provêm de territórios nacionais. A exportação é formada inteiramente por produtos agrícolas. Cerca de 82 por cento do total são constituídos por substâncias alimentícias.

A seguir dá-se a discriminação, por classes da pauta aduaneira, para os dois últimos anos:

A exportação de substâncias alimentícias é a vida de S. Tomé e Príncipe. Em 1958 o aumento em relação a 1954 elevou-se a 18 071 contos, mas o peso exportado fixou-se em nível bastante inferior ao de 1957. O que trouxe considerável melhoria na exportação foi a subida no valor da tonelada exportada. As principais exportações nos três últimos anos foram as seguintes:

O cacau ocupa posição dominante, com 77,9 por cento do total. Em 1958 exportaram-se menos 2629 t do que em 1957 e, contudo, o aumento em valor foi de cerca de 19 816 contos.

A valorização do cacau produziu um acréscimo apreciável.

A produção em 1958 deve estar compreendida entre as 7000 t e as 8000 t.

As cotações do cacau melhoraram muito em 1958, pois atingiram o valor médio de 22.700$ por tonelada exportada, enquanto em 1957 esse valor médio se fixou em 15.200$.

À metrópole couberam 60 181 contos de produtos de S. Tomé, equivalentes a 26 por cento da exportação.

Quase todo o cacau foi para o estrangeiro, destacando-se os mercados da Holanda, com 3539 t, no valor de 77 330 contos, os Estados Unidos, com 1352 t, no valor de 30 694 contos, e a Alemanha (15 150 contos), Inglaterra (9539 contos), França (9393 contos) e Chile e Polónia com valores superiores a 2000 contos.

Os outros produtos da exportação têm muito menor influência. A copra e o coconote são de maior relevo, com valores de 21 134 contos (5080 t) no primeiro e 12 171 contos (4348 t) no segundo.

Os cafés Arábica e Libéria têm menos importância. A sua exportação em 1958 foi menor do que em 1957 no primeiro caso e maior no segundo, tanto em valor como em peso.

Repartição geográfica do comércio externo S. Tomé e Príncipe tem saldo positivo na balança comercial com países estrangeiros e a metrópole. O saldo negativo de maior volume é o que mantém com as províncias ultramarinas, donde importa grandes quantidades de substâncias alimentícias.

Resumindo as cifras num único quadro, tem-se ideia da repartição geográfica no seu comércio externo:

Os principais clientes de S. Tomé e Príncipe foram, em 1958, por ordem decrescente:

e os principais fornecedores da província em 1958 foram: