Assim, S. Tomé e Príncipe tem saldos positivos com quase todos os países, com excepção da Bélgica, do Canadá, de Curaçau e, finalmente, das províncias ultramarinas. O saldo negativo com estas foi de 30 626 contos em 1958.
Os números que acabam de se publicar, a pouca diversidade das produções, a oscilação das cotações do principal produto exportado e o seu preço influenciam a economia provincial e criam possibilidades de crise. E na verdade a província atravessa dificuldades periodicamente. Às crises provêm também da pequena produtividade das suas plantações de cacau, porque é sobre elas que repousa a própria vida económica da província. Não se materializaram ainda as esperanças de maiores produções no café, no coconote e na copra, e convinha intensificar a sua produção de modo a tornar menos vulnerável a economia provincial.
A conta do exercício tomou a forma seguinte:
O saldo foi um pouco inferior ao de 1957. Às receitas ordinárias subiram 3516 contos e as despesas ordinárias 5220 contos. As receitas e despesas extraordinárias foram um pouco superiores às de 1957.
Como em outras províncias, as receitas extraordinárias contêm empréstimos, mas em S. Tomé e Príncipe, em 1958, a parcela que corresponde a saldos de anos económicos findos atinge soma bastante mais alta do que a dos empréstimos.
Por conta destes gastaram-se 9163 contos, e desviaram-se do fundo de saldos de anos económicos findos 19 739 contos, um pouco mais do que em 1957.
A pequena subida nas receitas ordinárias ainda as não aproximou das de 1954, ano em que atingiram 59 111 contos.
Apesar da subida da receita ordinária já acima mencionada, os números ainda não atingiram os de anos anteriores. Contudo, o número-índice na base de 1938 igual a 100, ultrapassou 500, o que é baixo, comparado com índices de algumas outras províncias ultramarinas. A seguir publicam-se, corrigidos, os números-índices para certo número de anos:
A baixa de receitas ordinárias é devida ao declínio na produtividade. A subida nos preços do principal produto da exportação permitiu cobrança fácil de receitas em 1958. Mas, repete-se, devem tomar-se medidas no sentido de melhorar as produções. A não ser assim, haverá declínio nas condições económicas da província.
Repartição das receitas
Esta posição das taxas, que será examinada mais adiante, é um tanto anómala. Provém naturalmente de dificuldades em obter receitas por outra via.
A seguir indica-se a influência de cada um dos capítulos no total das receitas ordinárias.