(...) um país fornecedor de matérias-primas e substâncias alimentícias de valor unitário baixo.

Em 1958, a tendência para a descida do valor unitário acentuou-se com a grande exportação de minérios de ferro e aumento apreciável na do milho.

Assim, os valores médios da importarão e exportação pouco diferiam até 1954: uns 300$ neste ano.

Mas em 1958 o preço médio da importação era superior ao dobro do da exportação, ou uma diferença para mais da ordem de 5.203$.

Há certamente explicação para este fenómeno, que dá um mínimo de preço médio para exportação e um preço máximo para importação numa longa série de anos. Mas todas as explicações não invalidam a realidade e implicam grande desnível no custo dos produtos importados e exportados.

É esta realidade que deve estar presente em todos os planos de empresas, projectadas e a projectar, no desenvolvimento do futuro económico da província. Não a ter em conta pode levar a dias mais sombrios do que os actuais.

Aliás, o quadro que atrás se transcreve toma forma mais real ainda num outro, que dá, em resumo, a posição da balança, comercial em certo número de anos, expressa em milhares de contos:

Notar-se-á, em conjugação com o quadro anterior, o aumento do valor da importação, apesar da baixa de 82 100 t, e o aumento de apenas 325 900 contos na exportação, não obstante o acréscimo de 209 600 t. Também convém notar que a província nos dois últimos anos aumentou a sua exportação de 3 289 000 contos para 3 688 500 contos, apesar da baixa nas cotações de alguns géneros que pesam muito na sua balança do comércio, como o café. Os factos sucintamente analisados acima requerem explicação. Através dela se poderão tomar medidas no sentido de melhorar a vida da província.

Retomando os valores e tonelagem da importação, os números para o quinquénio são:

Vê-se a partir de 1954 o gradual aumento do preço por tonelada, com um máximo em 1958.

Se forem analisados os valores das classes aduaneiras nos últimos dois anos, em que houve salto brusco nos termos do comércio, nota-se a elevação do preço médio das matérias-primas, nas substâncias alimentícias, nos aparelhos, instrumentos, veículos, etc., e nas manufacturas diversas. Apenas se deu diminuição nos fios e tecidos.

No quadro a seguir dão-se valores para os dois últimos anos.

As duas maiores rubricas na importação, que aumentaram substancialmente em 1958, são as de produtos industriais, que representaram, somadas, 55 por cento da importância. Os seus valores são altos, e numa delas, que é justamente a de maior valor, o preço unitário é o mais alto das classes aduaneiras, ou perto de 40 contos.

Principais importações A lista que habitualmente se publica é modificada para os dois últimos anos na parte relativa a máquinas e aparelhos. Incluem-se nela máquinas e aparelhos industriais e agrícolas e seus pertences, além de motores de explosão, mas não se incluem peças de máquinas não especificadas (16 968 contos em 1958). A lista das principais mercadorias importadas é a que segue:

As máquinas e aparelhos ocuparão, assim, o terceiro lugar. Aumentaram de 205 000 contos para 280 900 contos em 1958. Mas deve observar-se que, se se adicionarem os automóveis de passageiros e carga, com as peças separadas para automóveis, a importação de veículos subiu de 319 000 contos para 344 000 contos, mantendo deste modo a sua posição.