liente do que o verificado em 1957, pois neste ano ele atingiu 57 838 contos.

Um ponto a assinalar, e que precisava de ser examinado, é o lento progresso dos portos, caminhos de ferro e transportes.

Apesar do desenvolvimento indubitável da província, substanciado pelo que toca ao comércio externo no aumento das exportações, as receitas daqueles serviços mantêm-se baixas.

O seu acréscimo desde 1956 não atingiu 24 000 contos, menos que os dos correios, telégrafos e telefones e até da luz e água à cidade de Luanda, que, em dois anos, subiu de 26 387 contos. Este facto indica o grau de urbanização da capital da província, aliás vincada por outros índices.

O acréscimo da receita dos transportes em 1958 foi muito inferior ao de 1957. O total da sua receita não atingiu 217 000 contos. A despesa total da província, incluindo a extraordinária, elevou-se a 2 227 787 contos e foi inferior em 20 023 contos à de 1957.

A despesa ordinária ainda aumentou 85 685 contos. O decréscimo deu-se todo nas despesas extraordinárias e ver-se-ão adiante os motivos.

A soma de 2 227 787 desdobra-se assim:

A elevação na despesa ordinária provém de diversas causas. Uma parte derivou do aumento dos gastos nos serviços autónomos, que se arredonda em 25 156 contos, igual ao das receitas.

Os serviços são responsáveis pelo acréscimo de outra parcela. A despesa ordinária da província, no exercício de 1958, aumentou 85 68õ contos, como indicado. Haviam sido orçamentados l 674 281 contos e pagaram-se l 566 039 contos, menos 107 742 contos. Em todas as classes de despesas se fizeram economias em relação às previsões, mais acentuadas em valor na administração geral e fiscalização, nos serviços de fomento e nos serviços militares.

Foi nos serviços de fomento e militares que se deram os maiores aumentos, respectivamente de 40 507 contos e 22 741 contos.

Mas nos primeiros pesa a influência dos serviços autónomos, onde o acréscimo de despesa foi da ordem dos 2õ 156 coutos.

Se forem tidos em conta estes serviços, as despesas ordinárias descem para l 144 621 contos, e o aumento de 85 685 contos, acima indicado, reduz-se para 60 529 contos. A seguir dão-se as cifras:

Já se verificou acima que as receitas ordinárias se arredondaram em l 416 880 contos. Se os números forem comparados com os de 1957. nota-se que o aumento da despesa ordinária foi superior ao da receita ordinária - 58 748 contos no caso desta última e 60 529 coutos no caso da despesa. As despesas ordinárias de Angola dobraram desde 1950. Neste ano fixaram-se em 728 000 contos e desde então o aumento tornou-se contínuo, tendo atingido l 056 000 contos em 1954. Foi, porém, a. partir de 1955 que se acentuou o acresci-mo, que depois deste ano se elevou a mais de 500 000 contos, incluindo os serviços autónomos.

O fenómeno do aumento das despesas é normal. Nos números citados, relativos a 1950, 1955 e 1958, já não