O caso do tabaco merece menção especial, darias as potencialidades de zonas próprias para a sua cultura e a existência de merendeis, como o da metrópole.

A subida do déficit da balança do comércio para l 276 000 contos, ou mais 152 000 contos do que em 1957, apesar da melhoria de 156 000 contos nas exportações, pode revelar natural anseio de progresso, indiscriminado em certos aspectos, mas também constitui factor de perturbações na economia da província que urge enfraquecer. Não se pode esperar que os serviços, materializados um porto, caminhos de ferro t; receitas de emigração, cresçam indefinidamente. Tem seus limites, e à actividade económica da província compete suprir deficiências que surjam no futuro. Há absoluta necessidade de fazer um esforço contínuo e bem orientado no sentido de aumentar a produção interna dentro de regras de produtividade, a fim de permitir exportação adequada, que é o mesmo que dizer: dentro de regras que assegurem baixo custo dos géneros a exportar.

Evolução da balança do comércio A balança do comércio, com excepção do ano de 1957, tem fechado com deficits que aumentam sempre.

Em 1950 o saldo negativo era de apenas 585 000 contos. É mais do dobro o de 1958. O ritmo de aumento tende a crescer.

A seguir indicam-se as importações e exportações de certo número de anos e sua referência a 1938:

No último quinquénio (1954-1958) a soma das importações atingiu 14 073 000 contos e a das exportações não passou de 8 524 000 contos. A diferença entre elas foi de 5 549 000 contos enviados para o estrangeiro e liquidados por receitas de invisíveis provenientes de caminhos de ferro, emigração e outras.

No espaço de tempo de cinco anos a exportação apenas cobriu 60,5 por cento da

importação. As importações atingiram 3 421 902 contos (a) em valor e 746 952 t em peso. O acréscimo, em relação a 1957, elevou-se a 310 300 contos e 109 802 t.

Os valores unitários foram os que seguem, nos dois últimos anos:

Valor unitário

Houve uma diminuição no valor unitário da importação, que influiu no sentido de atenuar o deficit da balança do comércio.

Se for considerado o fim da guerra (1946) e se se calcular o índice dos valores unitários na base daquele ano igual a 100, a percentagem que corresponde a 1958 é de apenas 24 por cento, menor que a dos dois últimos anos, que tiveram os índices a seguir indicados:

O valor unitário das importações não foi uma das causas do agra vá monto do saldo negativo.

Discriminação das importações A seguir publica-se a distribuição das importações por classes pautais:

(a) Além das mercadorias propriamente ditas, incluem-se igualmente ouro em barra, prata amoedada, notas bancárias e valores selados.

Como acontece em todos os países novos, as máquinas, embarcações e veículos e as manufacturas diversas influem consideravelmente no quantitativo das importações. Estas duas classes de mercadorias atingiram 50,1 por cento do total.

Surpreende até certo ponto a percentagem de substâncias alimentícias, na qual influi o vinho.

A comparação dos valores das diversas classes de mercadorias importadas mostra que o aumento verificado em 1958 foi devido a maiores valores nas matérias-primas (mais 28 890 contos), nas substâncias alimentícias (mais 86 459 contos), nas máquinas e veículos (mais 117 872 contos), e nas manufacturas (mais 85 048 contos). Estes valores indicam as possibilidades de reduções.

Mas, dada a actual fase de desenvolvimento da província e as necessidades inerentes a esse próprio progresso material, não parece fácil entravar, pelo menos perceptivelmente, o ritmo das importações.

Aliás, o ritmo ascendente verifica-se com facilidade no quadro a seguir:

(a) Inclui 117 034 contos referentes ao comércio especial de ouro e prata em barra e em moeda.