De 106 000 contos que se importaram a mais em 1953 passou-se para 308 000 contos em 1958. Embora o salto fosse gradual, ele indica tendência saudável, por mostrar progresso sensível no nível de vida e nos equipamentos. Deverá, porém, ser acompanhado por maior ritmo nas exportações e ver-se-á adiante que tal não aconteceu. Daí o agravamento dos saldos negativos.

O acréscimo nas importações nos últimos seis anos foi da ordem de 1 122 000 contos.

Principais importações

. As três rubricas que mais pesaram em 1958 nas importações foram os tecidos de algodão, as máquinas agrícolas e industriais e os automóveis, todos com mais de 200 000 contos.

Tirando as possibilidades de melhorias na rubrica de tecidos de algodão, não parece ser possível reduzir apreciavelmente as duas outras. Pelo contrário: a tendência em ambas é para aumentar.

A seguir indicam-se as principais importações em 1958 e comparam-se com as do ano anterior:

O maior aumento deu-se nas máquinas agrícolas e industriais (mais cerca de 51 500 contos), no ferro e aço em obra (mais cerca de 31 800 contos) e, finalmente, no trigo em grão (mais 30 000 contos).

É possível, e talvez fácil, reduzir ou anular a importação de trigo, e parece estarem a ser tomadas medidas nesse sentido. Mas a de veículos, de ferro e aço em obra e de óleos minerais tende a aumentar. O seu aumento é sinal de progresso.

Origem das importações Moçambique importou 28,3 por cento de mercadorias da metrópole, 67 por cento do estrangeiro e menos de 5 por cento das outras províncias ultramarinas.

O comércio importador com a metrópole manteve-se à roda de 930 000 contos nos dois últimos anos, mas aumentou muito com o estrangeiro e com o ultramar português. Quer dizer: a balança de pagamentos da zona do escudo foi afectada por acréscimos de importação do estrangeiro.

A seguir dá-se nota da origem das importações por grandes grupos:

Repartição geográfica das importações O Reino Unido, a União Sul-Africana e a Alemanha, dos países estrangeiros, continuam a ser os grandes fornecedores de Moçambique. E deve notar-se que a província mantém elevados déficit no que toca a comércio externo com todos eles.

A seguir mencionam-se, para os dois últimos anos, os valores e percentagens da importação dos países de maior relevo.

Nos 67 por cento, em valor, de mercadorias importadas do estrangeiro, os três primeiros países mencionados no quadro figuram com cerca de 37,4 por cento. As exportações aumentaram em volume, mas o ritmo de aumento foi muito menor do que o de 1957 - menos de metade, como se nota no quadro que segue.