Estradas E de louvar o reforço da verba para construção de estradas, que se tornara uma das grandes necessidades da província. O plano rodoviário actualmente em vigor, embora aquém das exigências actuais, constitui um grande passo em sentido progressivo.

A dotação das estradas acusa o aumento de 56 988 contos e nas pontes também se utilizaram 3 413 contos.

A seguir indica-se a utilização das verbas de estradas u pontes, incluindo a construção e conservação.

(ver tabela na imagem)

Os distritos mais beneficiados foram o de Manica e Sofala, com 56 902 contos, sendo 53 251 contos na construção, e o de Lourenço Marques. A ligação da Beira com o sistema da Rodésia e Niassalândia deve estar completa.

Noutras regiões também houve dispêndios importantes. Os programas dos distritos do Norte - Cabo Delgado e Niassa - estão, porém, em atraso, e convinha acelerar a ligação de Nampula com o interior, que tem importância económica e política.

Serviços de indústria e geologia Houve uma ligeira diminuição nestes serviços, que se discriminam da forma que segue:

Contos

Tirando a produção de carvão no Moatize, a produção mineira de Moçambique é baixa em peso e valor. Parece haver certas zonas, como a de Tete, propícias à existência de jazigos metalíferos. Conviria intensificar a prospecção, até com subsídios do Estado, de modo a provar a existência ou não dos jazigos que se julga poderem ser explorados economicamente.

Columbo-tantalite ..... 131

Lépidolite ............ 344

Ouro (quilogramas) .... 33

Serviços agrícolas As despesas dos serviços agrícolas, incluindo os Fundos Orizícola e do Tabaco, elevam-se a 29 259 contos, um pouco mais do que em 1957. Podem desdobrar-se do modo que segue, em contos:

(ver tabela na imagem)

Os serviços agrícolas diminuíram 170 contos. As despesas de pessoal aumentaram de 9693 coutos para 10 275 contos. A diminuição deu-se, pois, nas duas outras rubricas de material e pagamento de serviços.

Na província de Moçambique a acção dos serviços agrícolas dispersa-se por diversos organismos, como o Fundo Algodoeiro, os Fundos do Tabaco e Orizícola e ainda outras agências que tratam dos problemas relacionados com a agricultura. Não é fácil fazer um apanhado das verbas utilizadas na agricultura.

A sua organização, tal como transparece das coutas, é ambiciosa, com repartições em quase todos os distritos, postos agronómicos e estações experimentais e outras instalações. Parece que as verbas disponíveis não devem corresponder às necessidades. Talvez fosse vantajoso fazer um estudo em conjunto da actual organização, incluindo a dos diversos organismos que tratam dos problemas relacionados com a agricultura.

Serviços pecuários O acréscimo do despesas nestes servidos foi ainda de 712 contos, que se adicionam ao acréscimo de 2904 contos verificado em 1957. Os aumentos têm tido lugar nas verbas de pessoal.

Em 1958 as cifrai para as diversas classes de despesas foram as que seguem:

(ver tabela na imagem)

Os serviços mantêm uma delegação sanitária em cada distrito e têm, além disso, postos de reprodução em Impamputo, Namacha, Magude, Chalacuane, Inhamússua, Maudié e António Enes. Outras instalações completam a organização. A despesa, destes serviços elevou-se a 10 679 contos, mais 2 264 contos do que em 1957. Também se podem considerar como parcialmente utilizados nestes serviços alguns dos subsídios concedidos à Junta das Missões Geográficas.