Os portos, mais importantes de Moçambique são os de Lourenço Marques, Beira, Gaza e Inhambane, Quelimane, Moçambique e Nacala, este em construção, mas que virá a ocupar um lugar de relevo na economia do Norte da província, como testa do caminho de ferro de Moçambique, que terminará no lago Niassa.

Os dois grandes portos da província são, por enquanto, os de Lourenço Marques e Beira. Grande parte da navegação de longo curso faz-se através deles. O de Lourenço Marques serve a África do Sul e, depois da construção do novo caminho de ferro, a Rodésia do Sul. O da Beira serve a Niassalândia e escoa uma parcela importante do tráfego da Rodésia.

Apesar de dificuldades na navegação do lago Niassa, julga-se que o porto de Nacala melhorará considerávelmente as condições de transporte da Niassalândia, através desse lago, e possivelmente através dele se poderá escoar uma parte do tráfego dos territórios da África Central. Em 1957 o movimento do porto de Lourenço Marques atingiu alguns números de interesse, como se pode ver a seguir:

A carga embarcada consistiu principalmente em carvão, minérios, óleos combustíveis, carga geral - da província (102 249 t) e de fora (496 167 t).

Na carga desembarcada predominam a gasolina e óleos, a madeira e carga geral. A seguir indicam-se as principais características do movimento dos portos da província, em 1957.

Os números relativos a passageiros e carga referem-se à navegação de longo curso.

Deles se deduz que para um movimento de 3599 navios de arqueação bruta de 19 589 000 t pertenceram 16 250 500 aos dois portos de Lourenço Marques e Beira, nos navios entrados durante o ano.

Num total de carga manuseada nos dois portos de 6 049 700 t, pertencem a Lourenço Marques 3 752 600 t e à Beira 2 297 100 t, na navegação de longo curso.

O total da carga manuseada na navegação de longo curso em todos, os portos da província acima indicados eleva-se a 6 224 000 t, números redondos, assim divididos:

As percentagens exprimem claramente a importância relativa dos portos da província no ano de 1957 no que se refere às suas relações com o exterior.

Exploração O saldo de exploração dos portos desceu de 158 216 contos em 1957 para 134 181 contos em 1958. Embora pequena, a diminuição no saldo reflecte as condições dos dois portos de Lourenço Marques e Beira, porque foi neles que se deram as principais alterações. As receitas, despesas e saldos dos portos em 1957 e 1958 foram os que seguem.