O saldo negativo acentuou-se a partir de 1955. O surto de 1958 para valores parecidos com o deste ano indica um aumento de consumos que parece não caberem dentro da actividade produtiva. As importações atingiram, como se escreveu, 12 439 893 patacas, o mais alto valor atingido até agora, incluindo até os anos em que se fazia activo comércio com territórios vizinhos.

Nesta cifra ocuparam posição dominante alguns artigos de interesse económico como as alfaias e máquinas agrícolas e industriais, com o dispêndio de quase 1 700 000 patacas, e os tecidos de algodão, que atingiram perto de 2 500 000 patacas.

Em ambos os casos as importações foram superiores às de 1957 e ajudam a explicar o desnível já indicado.

A seguir indicam-se algumas importações de relevo:

Máquinas agrícolas e industriais ... l 696 774

Estas seis rubricas são responsáveis por quase metade das importações e não parece fácil reduzi-las, a não ser talvez a do cimento, se houver afrouxamento na construção. O aumento nas exportações foi apreciável e de assinalar. Passaram de 6 220 000 patacas para 8 335 000 patacas, números redondos.

Pesou muito neste aumento o café, conhecido e apreciado nos mercados internacionais pela sua boa qualidade.

A província exportou 1687 t de café, no valor de 6 604 000 patacas, bastante mais do que em 1957, em que a exportação se elevou a 1283 t, no valor de 4 858 000 patacas.

Assim, o aumento na exportação em toneladas foi da ordem das 404 t, o que representa cerca de 25 por cento, e, como se viu acima, preenche um pouco menos de 80 por cento do total.

Nesta supremacia absoluta do café nas exportações pode residir um sintoma de fraqueza. É indispensável por isso redobrar de esforços no sentido de também intensificar outras produções pari passu com as melhorias introduzidas na produção de café, em qualidade e quantidade.

As principais exportações, em 1958, foram as indicadas no quadro que segue.

As cifras dão a grande distância que existe entre o café e os outros produtos. Os países fornecedores de Timor, em 1958, foram, por ordem decrescente, a Austrália, a metrópole e Hong-Kong, respectivamente com 18 436, 17 750 e 11 859 contos. Vêm a seguir o Japão, o Reino Unido e a Alemanha.

O grande consumidor dos produtos da província, principalmente café, é a Holanda, com perto de 40 por cento do total. Outros consumidores de menor interesse foram a Dinamarca, a Malásia, a Alemanha e a metrópole.

No caso do café, que representa 6 604 060 patacas, os principais compradores foram: a Holanda, com 2 787 000 patacas, a Dinamarca, com 1 372 000 patacas, e a Alemanha, com 760 000 patacas. Os restantes compradores importaram menos de 500 000 patacas de café.

A seguir publica-se um quadro que dá a distribuição geográfica da importação e exportação de Timor:

As relações da província com a metrópole e ultramar, apesar das distâncias e dificuldades de comunicações, melhoraram bastante em 1958, tanto nas importações, como nas exportações. Mas a Ásia nas primeiras e a Europa nas segundas continuarão a ser os grandes fornecedores e consumidores da província. Talvez que se pudesse melhorar o consumo da metrópole em café, que em 1958 foi de apenas 60 t, com o valor de 1257 contos.

Balança de pagamentos A balança de pagamentos, medida pela entrada e saída de cambiais, apresenta, em 1958, o pequeno saldo de 141 809 patacas.

Este saldo, que é o mais pequeno na série dos últimos cinco anos, merece, porém, menção, dado o aumento