Viu-se ter havido declínio nas receitas ordinárias, cerca de 150 contos a menos do que no ano anterior. Às despesas ordinárias amoldaram-se tanto quanto possível as cobranças, mas, em todo o caso, ainda foram superiores em 189 contos às de 1957.

Com a única excepção de 1955, as despesas ordinárias de 1958 foram as maiores nos últimos dez anos e o índice de aumento, na base de 1938 igual a 100, atingiu 647, só ultrapassado por Angola e Moçambique.

A seguir indicam-se, em contos e milhares de patacas, as despesas ordinárias de Timor durante certo número de anos.

Não se pode dizer ter sido grande o aumento de despesas desde o fim da guerra. Em 1950 elas aproximaram-se de 38 000 contos e em 1958 subiram para cerca de 52 000 contos.

Um exame da evolução das receitas no mesmo período mostra aceleração das receitas ordinárias, quando se comparam com idênticas despesas.

Em 1950 o número-índice das receitas ordinárias, na base já mencionada, foi de 513 e o das despesas de 472. As receitas haviam crescido mais rapidamente do que as despesas. Mas em 1958 o número-índice das receitas já é inferior ao das despesas - 628 nas primeiras e 647 nas segundas.

No quadro a seguir dão-se os números-índices para os anos intermédios:

Este fenómeno tem interesse e não pode continuar, sob pena de déficit nas contas. Assim, o reforço das receitas é uma necessidade premente da província.

Composição das despesas Os capítulos que mais pesam nas receitas são o da administração geral e fiscalização e os serviços militares, que se têm desenvolvido bastante nos últimos tempos. Os encargos gerais s serviços de fomento vêm a seguir, como se nota nos números adiante mencionados.

Considerando os resultados de 1958, notam-se aumentos, embora pequenos, em alguns serviços como nos da administração geral e fiscalização (mais 285 contos), nos serviços militares (mais 963 contos) e nos encargos gerais (mais 677 contos). Economias noutros, como, paradoxalmente, nos serviços de fomento (menos 393 contos) e nos exercícios findos (menos 681 contos), supriram as deficiências noutros capítulos. O custo da dívida pública é pequeno, apenas 620 contos (99 000 patacas).

Foi um pouco inferior ao de 1957 (637 contos).

A dívida está a cargo da metrópole e sobe a 4 638 789 patacas, menos 16 000 patacas do que no ano anterior. Os encargos pertencem à dívida consolidada (em 1937), no total de 4 157 300 contos, que vence o juro de apenas 2 por cento.

O empréstimo gratuito está a ser amortizado.

Além desta dívida, a província já recebeu, por subsídios reembolsáveis, 92 000 contos, utilizados em várias obras dentro e fora do Plano de Fomento.

Não parece ser possível iniciar o reembolso desses subsídios enquanto se não modificarem as condições económicas da província. Aliás, o seu gasto parece não ter atingido os fins que se previam. Houve o decréscimo de 192 contos neste capítulo, que teve lugar no gabinete e nos transportes aéreos que fazem parte da despesa. Houve neles a economia de 171 contos.

Classes inactivas As classes inactivas aumentaram a sua despesa em cerca de 81 contos e custam 382 052 patacas. Viu-se nas receitas que a compensação de aposentação se elevava a 149 727 patacas. Assim, o deficit do custo das classes inactivas atinge 232 325 patacas.

Administração geral e fiscalização Para os dois últimos anos as despesas de administração foram como se indica a seguir.