O seu nome ficará gravado na história da nossa Marinha e os oficiais que num ele serviram nunca o poderão esquecer.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador fui muito cumprimentado.

estrada, construída pelos nossos avos no tempo repousado o lento da mala-posta, obedecendo a noções de trânsito e a necessidades de deslocação das pessoas e das mercadorias muitíssimo inferiores às actuais.

Todavia, as realidades presentes obrigam-nos a encarar com outro espírito, o espírito da velocidade quase a tocar o domínio da vertigem, os complicados problemas do tráfego rodoviário. Um dos aspectos desses problemas é originado pelo enorme aumento da camionagem (cerca de 30 por cento nos dois últimos anos) e simultaneamente pelo do número de unidades automobilísticas existentes no País.

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento do turismo é outra realidade, aliás a registar com regozigo para a economia nacional, que veio reflectir-se igualmente no congestionamento do trânsito em certas das nossas mais importantes estradas, visto fazer-se em grande parte em transporte automóvel a deslocação da já relevante massa de estrangeiros que visitam Portugal e cujo movimento, nos

Vozes : - Muito bem!

O Orador: - Evidentemente, não podemos afirmar que todos os turistas passam pelo troço da estrada a que me refiro e sofrem esse calvário dos pouco mais de 30 km percorridos em cortejo, a velocidades horárias reduzidas, entre riscos de ultra passagens de pesados camiões e do cruzamentos inesperados com os loucos da estrada que por ai circulam.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Mas não parece arriscado supor-se que a grande maioria do turismo utiliza esse percurso, saindo de Lisboa para demandar toda a zona do Centro e do Norte do País, onde tantos centros de interesse turístico se concentram.

Ora tudo isto procurei recordar em síntese reforça, ao que penso, a ideia da crucial urgência da abertura ao trânsito da auto-estrada Vila Franca-Lisboa. Que essa noção de urgência é partilhada por todos, a começar pelas entidades oficiais de quem o assunto depende, não me resta a menor dúvida. Todavia, devemos admitir que, apesar do infatigável interesse dedicado pelos serviços e, em especial, pelo Sr. Ministro das Obras Públicas a esta, como, aliás, a todas as realizações em curso no seu Ministério, são inevitáveis as demoras derivadas pela dificuldade e importância de algumas das obras de arte, sobretudo no que respeita aos viadutos de Vila Franca e Alhandra.

Nestas circunstâncias, penso que seria da maior conveniência encarar desde já a utilização da auto-estrada nos percursos possíveis, independentemente da sua entrada em serviço, no todo, quando as referidas obras de arte o permitirem - o que me parece demorará ainda bastante tempo.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Com este pensamento, peço licença, Sr. Presidente, para em nome de muitos milhares de portugueses interessados neste caso, solicitar a S. Exa. o Ministro. das Obras Públicas que, pondo em acção, mais uma vez, aquele espírito de serviço público, aquela competência realizadora, aquele dinamismo esclarecido que o caracterizam, se digne estudar a solução da abertura ao trânsito, mesmo a título provisório e experimental, do trecho da auto-estrada entre Alhandra e a capital.

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - Julgo que esta solução representaria um importante benefício imediato para o tráfego. O trecho referido é, decerto, o mais concorrido e o mais perigoso de todo o percurso de Vila Franca a Lisboa, e se se desviasse desde já para a auto-estrada uma parte do tráfego - o propriamente automobilístico de carros ligeiros-, certamente melhorariam extraordinariamente as condições do todo o tráfego, evitando-se acidentes e poupando-se vidas nesse troço de estrada justificadamente conhecido pela «estrada da morte».

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sem de forma alguma pretender invadir o campo da técnica, penso que não seria impossível, mediante o aceleramento imediato da obra no trecho em referência, abri-lo no trânsito dentro de dois ou três meses, beneficiando já o movimento turístico e mesmo a natural intensificação do tráfego na quadra estival.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Além das vantagens apontadas, resumidamente embora, não deixarei de lembrar a melhoria das condições de entrada na capital para quem vem do Norte, visto que, desembocando a auto-estrada já na rotunda da Encarnação, em plena cidade, pode dizer-se, evitar-se-iam as actuais dificuldades do trajecto entre Sacavém e a Encarnação, que tão mal impressionam os viajantes na sua chegada à capital do País.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Repare-se no que se faz no estrangeiro quanto a este importantíssimo problema dos acessos às grandes cidades, Bruxelas, quando da grande exposição internacional do ano passado, deu um exemplo notável de melhoria das condições de trânsito, procurando, como aliás, se está fazendo em toda a parte, descongestionar, evitar cruzamentos, dispensar complicadas sinalizações e policiamento excessivo do tráfego. Em Paris,