João Carlos de Sá Alves.

João Cerveira Pinto.

João Mendes da Costa Amaral.

João Pedro Neves Clara.

Joaquim Pais de Azevedo.

Joaquim de Pinho Brandão.

José António Ferreira Barbosa.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Hermano Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Laurénio Cota Morais dos Reis.

Luís de Arriaga de Sá Linhares,

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Luís Tavares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa A roso.

Manuel Maria Sarmento Rodrigues.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Ta rujo de Almeida.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Rogério Noel Peres Claro.

Sebastião Garcia Ramires.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Urgel Abílio Horta.

Virgílio David Pereira e Cruz.

Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 63 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 10 horas e 40 minutos.

Deu-se conta do seguinte

Exposição

Com numerosas assinaturas, a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Amaral Neto respeitante à necessidade da construção do unia ponte sobre o rio Tejo no lugar do Arrepiado.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Duarte Silva.

O Sr. Duarte Silva: - Sr. Presidente: o jornal A Voz, que eu sempre leio com agrado e proveito, publicou hoje um editorial em que transcreve uma notícia do semanário senegalês Afrique Nouvelle, segundo a qual se teria formado em Dacar um movimento denominado «Frente de Libertação das ilhas de Cabo Verde» e que teria por objectivos trabalhar pela independência do seu país, libertar os seus irmãos do jugo do colonialismo ditatorial português e integrar as ilhas de Cabo Verde num conjunto político e económico mais viável e melhor equilibrado.

Vinda donde vem, dessa laboriosa cidade de Dacar, onde alguns milhares de cabo-verdianos labutam pela vida, a notícia não poderia deixar de mo causar surpresa e desgosto ao ver a especulação que se pretende fazer com um aglomerado como a colónia cabo-verdiana de Dacar que sempre deu provas do seu indefectível patriotismo.

O caso, aliás, nada tem de inédito e até penso que pode servir para se ajuizar da origem suspeita de tal movimento, a irradiar quase simultaneamente, de focos tão distantes.

Efectivamente, há poucos meses, tive ocasião de ler, numa folha que no Brasil se publica com o objectivo único de atacar o Governo Português, que na cidade de S. Paulo se havia constituído a Associação dos Cabo-Verdianos Livre, com o fim de libertar o arquipélago de Cabo Verde.

Sinto-me, Sr. Presidente, particularmente qualificado para expressar o meu mais veemente protesto contra tais manobras com que indivíduo a oldo do estrangeiro pretendem perturbar a vida nacional, especulando com a infelicidade que a natureza amiudadamente faz sair sobre o arquipélago, mas que a acção solícita dos que governam em procurado evitar e sempre tem conseguido atenuar.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Tenho, repito, autoridade para protestar, porque, nascido e criado em Cabo Verde, ali vivendo e tendo os meus interesses, como nasceram e viveram meus pais e avós, a ninguém reconheço mais autêntica cabo-verdiana.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Há já quinze anos que represento n província nesta Assembleia e desde o primeiro momento apresentei como a maior aspiração política do arquipélago a sua completa integração no sistema metropolitano, que, aliás, se justifica por incontestáveis razões que muitas vezes venho exposto e não interessa agora repetir.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - A minha reeleição em legislaturas sucessiva só significa que o povo do faliu Verde perfilha inteiramente aquilo que tem sido o objecto principal da maior parte das minhas intervenções.

O povo de Cabo Verde, sempre o tenho afirmado, só deseja fundir-se cada vez mais Intimamente com a metrópole, o que, aliás, se explica pela sua formação histórica.

Pena é que o Governo não tenha até agora podido dar satisfação a essa compreensível e justificada aspiração.

Não são, com certeza, cabo-verdianos os que prometem «trabalhar para a independência do seu país», que não tem condições para tal, e promover a sua «integração num conjunto político e económico mais viável e melhor equilibrado».

Cabo Verde tem todas as afinidades com a metrópole e poucos pontos de contacto com quaisquer outros territórios. A sua integração nesse tal conjunto político e