o que representa unia melhoria, em relação a igual período do ano anterior, de cerca de 24 por cento. Para esta evolução concorreu principalmente o aumento de 2.18 000 contos registado na exportação, uma vez que a importação diminuiu apenas 23 000 contos.

Por outro lado, interessa referir que a melhoria proveio de um comportamento favorável das transacções comerciais com todos os países da zona, excepção feita à Suíça - cujo saldo negativo aumentou cerca de 36 por cento, em virtude de uma expansão das importações mais acentuada que a das exportações.

O Reino Unido continuou a manter a posição dominante no total das nossas transacções com a zona, tendo-se registado um acréscimo de 143 000 contos nas exportações, enquanto as importações decresceram 42 000 contos. Da conjugação destes movimentos resultou uma Contracção de cerca de 30 por cento no déficit da balança comercial com aquele país.

Por sua vez, a C. E. E. manteve a posição saliente que tem ocupado n o nosso comércio externo, sendo responsável, nos primeiros oito meses de 1960, por cerca de 45 por cento do total importado pela metrópole do estrangeiro - um pouco mais do que no mesmo período do ano anterior -, tendo a sua participação no total exportado para o estrangeiro decrescido de 30 para 28 por cento. Esta evolução teve como consequência um agravamento de 286 000 contos do saldo negativo da balança comercial. Ainda considerando o comércio realizado com a área do mercado comum, foi sensivelmente mais elevado o valor dos fornecimentos provenientes da Alemanha Ocidental, o que, embora as exportações tenham acusado um acréscimo de 74 000 contos, determinou um agravamento do déficit comercial com este país de 9.1. 000 contos. Dos restantes participantes da C. E. E., só a Holanda e a. Itália acusaram evoluções favoráveis, porquanto se acentuaram no período em análise os déficits das transacções com a França; a Bélgica-Luxemburgo.

Comércio da metrópole com o ultramar No quadro que a seguir se insere apresenta-se o resultado do conjunto das transacções comerciais da metrópole com o ultramar português, evidenciando-se, de igual modo, os valores relativos às províncias que mais intensas relações comerciais mantêm com a metrópole.

Comércio da metrópole com o ultramar (a)

No período considerado, uma vez que o acréscimo das quantidades importadas foi menos acentuado que o correspondente valor, o preço médio da tonelada importada passou de 4534$ em 1959 para 4767 em 1960. Do mesmo modo, no que se refere à exportação, e porque as quantidades fornecidas ao ultramar decresceram mais acentuadamente que os respectivos valores, verificou-se um sensível aumento do valor médio da exportação, que de 6321$ em 1959 alcançou 6572$ no mesmo período de 1960.

Em relação ao comércio com as províncias ultramarinas consideradas no quadro XXXIX, são de assinalar as diferenças nos saldos respeitantes a Angola e Moçambique, bem como a redução do saldo negativo das transacções com a Guiné.

Evolução geral da conjuntura económica nas províncias ultramarinas Embora continuem a subsistir alguns factores desfavoráveis ao crescimento económico das províncias do ultramar português, aliás comuns à maior parte dos territórios de idêntico nível de desenvolvimento, os indicadores estatísticos disponíveis traduzem, no decurso dos primeiros meses do corrente ano, uma expansão em bom ritmo e até nalgumas províncias a uma taxa mais favorável do que a verificada no ano anterior. Com efeito, apesar da baixa sistemática de preços de certas produções, o nível quantitativo atingido por estas permitirá compensar a quebra de receitas proveniente da contracção de cotações, fenómeno que foi, de resto, favorecido pelo desenvolvimento da procura externa, que, para alguns produtos, evoluiu de forma satisfatória. O crescimento demográfico do ultramar português continua a verificar-se em escala favorável. O saldo anual do movimento migratório entre a metrópole e o ultramar, que tem aumentado substancialmente nos últimos anos, embora com razoáveis oscilações, não oferecia na primeira metade de 1960 tendência para diminuir, dado que atingiam já o número de 4000 os indivíduos embarcados para Angola e Moçambique ao abrigo das passagens pagas pelo Ministério do Ultramar, quando durante todo o ano de 1959 esse número foi de cerca de 7000 e em 1958 um pouco menos de 5500.