portadas pela Guiné em 1959 e os territórios estrangeiros que as forneceram:

Queríamos completar a presente e quiçá resumida informação económica da província, apoiando-nos ainda nos valores parciais, e respectiva tonelagem, das principais mercadorias, na sua designação genérica, importadas nos últimos quatro anos - anos que nos têm servido sempre de termos de comparação - mas infelizmente, tal não tem sido, nem é agora, possível, em virtude do atraso dos serviços de estatística da Guiné na elaboração dos respectivos elementos, atraso este que trouxe, e traz, como consequência imediata o facto de, como se vê, a meio de cada ano, não possuir ainda a própria província dados concretos sobre o que importou no ano anterior.

Sabido, porém, que a vida económica da Guiné tem por base o arroteamento do solo, com um número precário de unidades para a indústria transformadora, que trabalha quase, exclusivamente com matérias-primas de natureza vegetal e de produção local, e sabido também que não existe navegação internacional nos seus portos, fácil é concluir que é a exportação que condiciona toda a importação subsequente, através da aquisição de mercadorias que traduzem as necessidades comerciais da província e determinam, por isso, desequilíbrio da sua balança comercial.

De entre a produção agrícola, salienta-se, em plano destacado, a mancarra, que, na sua quase totalidade, se destina à exportação, sendo ela que, por conseguinte, verdadeiramente marco a importância da vida económica da Guiné.

Ao contrário do que acontece com aquela oleaginosa, o arroz, produto básico da alimentação guineense, fornece à exportação apenas escassos excedentes tirados do seu consumo interno.

Gradualmente, às produções de mancarra e arroz seguem-se as dos produtos da palmeira, milho, cana sacarina e mandioca.

Eis um quadro elucidativo das quantidades e respectivo valor dos principais produtos de exportação da Guiné em cada um dos anos do quadriénio de 1956-1959:

O milho, a cana sacarina e a mandioca figuram neste quadro dentro dos «Não especificados», pois, embora, como atrás se disse, a província produza relativamente grande quantidade destes produtos (cerca de 50 000 t de milho, por exemplo), eles são quase que totalmente consumidos pelo Guineense.

Dentro do mesmo grupo estão ainda incluídas as madeiras, cuja indústria floresceu novamente em virtude de, além do aumento sofrido no seu consumo interno, terem, desde 1958, passado a ser muito procuradas pelos industriais da metrópole.

Mostra ainda o quadro em análise que o arroz, marcando posição de relevo em 1956, desceu consideràvelmente em 1957 e novamente se elevou em 1953 e mais ainda em 1959, muito embora ficando bastante aquém do nível atingido no primeiro destes anos.

Em 1958 realizaram-se na província trabalhos de defesa, enxugo e recuperação de terrenos para a cultura deste cereal, continuando, ao que sabemos, em

1959 a acção das brigadas para esse fim destacadas pelos serviços de agricultura da Guiné.

É fora de dúvida que os trabalhos efectuados nestes últimos anos virão a contribuir fortemente para a diminuição dos habituais movimentos migratórios dos Balantas, em procura de terrenos propícios à cultura do arroz.

O facto de o II Plano de Fomento contar com a mobilização de 105 000 contos para a Guiné (utilizando as receitas provenientes do contrato de concessão exclusiva do direito de pesquisas e exploração de jazigos de carboneto de hidrogénio) deverá remover o principal óbice que se tem oposto ao possível aproveitamento racional da palmeira, mercê de uma acção sistemática que inclua a limpeza e o ordenamento dos palmares.

No entanto, o aumento dos postos de britagem, cuja montagem tem vindo a ser feita desde 1954, permitiu desde logo um maior rendimento da produção da pal-