Tomando o ano de 1938 como ano padrão anterior ao conflito mundial, e portanto isento das perturbações económicas resultantes do após-guerra, podemos elaborar o seguinte quadro: Tonelada Importada, 1686$32 tonelada exportada, 1743$64.

...de cuja apreciação se infere que em 1959, e em relação a 1958, desceu de 13 unidades o custo da tonelada importada, desvalorizando-se a exportada em 51 unidades; isto é, o agricultor viu em 1959 mais desvalorizados os seus produtos, embora o comércio tenha auferido maior benefício com o desagravamento do custo da importação.

Em relação a 1938, concluímos que o custo da importação subiu quase três vezes e que o rendimento a exportação se valorizou em mais de seis vezes. Seguem-se dois quadros relativos à importação para consumo e exportação nacional e nacionalizada, respectivamente, distribuídas pelas seis classes da pauta aduaneira, que nos indicam as tendências do comércio externo:

Destes dois últimos quadros, analisando os seus números, infere-se que a importação para consumo, em 1959, acusou, em relação a 1958, um acréscimo de valor, o que aliás se não verificara desde 1956. Tal acréscimo foi, segundo informação da província, devido ao facto de em todas as classes da pauta aduaneira se ter verificado um aumento das quantidades importadas, embora tenha diminuído, em todas elas, excepto na de «Máquinas, aparelhos, etc.», o custo da tonelada.

Na classe de «Fios. tecidos, etc.» tal diminuição foi até 6531$ por tonelada, o que faz pressupor que o consumidor tenha beneficiado bastante desse embaratecimento.

Contudo, na realidade, o custo de vida na província subiu nalguns artigos e estacionou noutros, sem razão aparente que tal justifique. Pelo que respeita à exportação, apreciaremos ùnicamente as classes de «Matéria-primas» e «Substâncias alimentícias», porque representam só por si 99,5 por cento do valor total da exportação, respectivamente 2 3,3 por cento e 76,2 por cento, não tendo, portanto, as restantes classes qualquer significado económico no cômputo geral.

Na primeira destas classes figuram as oleaginosas e na segunda o cacau e o café.

Referindo-nos a classe de «Matérias-primas» e a oleaginosas, diremos que em 1959, e em relação a 1958, se exportaram mais 6 t de copra e o valor subiu em 4822 contos, havendo portanto maior volume de exportação e maior rendimento por melhoria de cotação; que o volume do coconote exportado desceu em 563 t e o valor só em 262 contos, o que representa uma quebra na sua exportação e apenas uma ligeira melhoria de cotação, e, finalmente, que o volume do óleo de palma desceu 192 t e o valor 1156 contos, o que se traduz em menor exportação e menor valia por baixa de cotação.

Na classe de «Substâncias alimentícias», e com referência ao cacau, exportaram-se, como adiante veremos, menos 989 t, descendo o seu valor em 45 865 contos. Houve, portanto, não só quebra do volume exportado como também grande baixa no valor das cotações.

Eis de seguida um quadro que nos dá as quantidades e valores das principais mercadorias importadas no quadriénio de 1956-1959.