Conforme se constata, registaram-se durante o ano de 1959 algumas alterações na posição relativa rios principais fornecedores.

A metrópole conservou o seu lugar preponderante, embarcando mais 32 milhares de contos do que em 1958. Os tecidos voltaram a constituir uma quota apreciável no intercâmbio, mas deve apontar-se que a verba despendida na sua aquisição, 382 milhares de contos, ficou aquém do valor da importância do ano anterior, que totalizava 398 milhares de contos. Na importação do vinhos sucedeu precisamente o contrário, porquanto subiu o seu valor de 346 para 332 milhares de contos. Assim, o acréscimo global atrás mencionado foi, pois, motivado, na sua maior parte, por uma série de pequenos aumentos, que abarcou uma extensa gama de mercadorias.

A Alemanha foi quem mais substancialmente «levou o valor das vendas: ascenderam elas a mais 87 milhares de contos do que em 1958. Muito embora os seus fornecimentos em máquinas e aparelhos industriais e em automóveis de carga tivessem baixado, esta diminuição foi largamente compensada pelas avultadas exportações de material fixo e circulante para caminhos de ferro, que subiram de 40 parte perto de 143 milhares de contos.

O Reino Unido vendeu para Angola menos 75 milhares de contos do que no ano anterior. Todavia, as principais mercadorias de que é fornecedor determinaram um dispêndio ligeiramente maior: com efeito, os automóveis de carga sofreram uma redução inferior a 2 milhares de contos, enquanto as máquinas e aparelhos industriais apresentaram, um aumento superior a 9 milhares. Por conseguinte, também quanto a este país a diminuirão global apontada se distribuiu ao longo de um extenso conjunto de mercadorias, entre as quais se salientou o material fixo para caminhos de ferro, cujas importações baixaram de 31 para 12 milhares de contos.

Também os Estados Unidos reduziram grandemente as suas exportações para o mercado angolano - 87 milhares de contos menos -, sendo digna de especial menção a diminuição operada nos automóveis de carga, cuja aquisição importou apenas em cerca de 31 mil contos, verba que representa menos de metade da que lhe correspondeu em 1958.

O conjunto Bélgica-Luxemburgo continuou a ser o principal fornecedor de ferro em bruto, mas reduziu, de 46 para menos de 34 milhares de contos, as vendas desta mercadoria; esta diminuição foi, porém, compensada pelo aumento no material fixo para caminhos de ferro de 22 para 38 mil contos. O decréscimo geral no respeitante às restantes mercadorias foi, todavia, a nota dominante do comércio de importação de Angola com este território, pelo que no final do ano de 1Ü59 atingiram as suas vendas para a província menos 54 milhares de contos do que em 1958.

Em relação aos outros países e territórios, refere-se que a França, com exportações para Angola no valor de menos de 56 000 contos, reduziu para pouco mais de metade a marca obtida em 1958, e que a Itália, por força das maiores exportações de máquinas e aparelhos industriais e de material fixo para caminhos de ferro, elevou essa marca para mais do dobro.

Como nota relevante do comércio de Angola com as outras províncias ultramarinas refere-se, por último, que as importações provenientes de Macau se elevaram de 38 para 65 milhares de contos. Segue-se um quadro representativo dos valores da importação ao longo de cada um dos anos do quadriénio de 1956-1959, distribuído pelas classes da pauta aduaneira: