129 000 t para 166 000 t produzidas, fez contrair as importações em 19 053 t, isto é, reduziram-nas a 2120 t, para em 1959 se exportarem já, embora em pouca quantidade, 3505 t. Finalmente, não podemos deixar de apontar, como promitentes realizações de uma nova estruturação industrial, a extracção e refinação de petróleo e a indústria de celulose, que deve contar em breve com uma instalação de grande capacidade de fabrico. Mencionaremos ainda a produção local de pneus e a montagem de uma fábrica de fertilizantes e de duas de vidro.

Em resumo:

Ao passar-se em revista o conjunto de elementos que caracterizaram em 1959 a actividade industrial da província, de novo se verifica, que o surto manifestado nos últimos anos, longe de abrandar, marcou uma cadência ainda mais acelerada.

De uma maneira geral, os resultados da produção ultrapassaram os relativos a 1 957 e a 1958.

Com efeito, as indústrias extractivas tiveram expressivos aumentos na produção de diamantes, de minérios de ferro, de petróleo, de rocha asfáltica e de mica, e no quadro das indústrias transformadoras também se deram apreciáveis acréscimos no fabrico de cerveja, de cimento, de sacaria e de álcool.

Porém, a indústria dos derivados da pesca, onde a falta de pescado durante o ano veio agravar a situação de dificuldades que persistia, teve uma acentuada quebra na produção de farinha e de óleos de peixe.

A simples referência a este desenvolvimento das indústrias existentes na província, se bem que ateste por si só uma situação de progresso, não pode, todavia, dar a exacta medida do esforço e das perspectivas que se oferecera ao sector industrial.

Para tanto há que ter presentes as dimensões e o valor económico de algumas unidades fabris que já se encontram em vias de montagem e que em breve devem iniciar a sua laborarão, como, por exemplo, a de óleos vegetais. Importa também considerar a repercussão de todos os trabalhos em curso para o aumento da capacidade produtiva em outros ramos, como na refinação de petróleos e na exploração do ferro e, de outra parte, s contribuição que vão prestar à economia de Angola as projectadas indústrias dos azotados, do alumínio e a exploração de fosfatos.

Resta acrescentar que, como é óbvio, a evolução destas actividades tem necessàriamente implicado o desenvolvimento dos elementos infra-estruturais.

Por isso, e com o objectivo de se oferecerem condições que apoiem o movimento e que ao mesmo tempo o impulsionem, se tem dado especial atenção na província ao melhoramento e valorização das vias de comunicação e no fornecimento de energia eléctrica.

Basta referir que, a par do que se tem feito já, se destinam no II Plano de Fomento, para o próximo ano, 437 000 contos para as comunicações e transportes e 100 000 contos para a produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, contribuição esta prestada, como se sabe, na sequência de outras que possibilitaram já os grandes aproveitamentos hidroeléctricos do Biópio, das Mabubas, de Cambambe e da Matala.

Considerada a longo prazo, como, aliás, não pode deixar de ser, uma parte muito importante d o desenvolvimento industrial, admitimos implicitamente, todavia, que serão diferidos na balança comercial os benefícios lotais que hão-de resultar de um mais alto grau de industrialização na província: enquanto não houver, pois, uma perspectiva segura de equilíbrio na balança comercial, parece-nos que há que continuar a evitar o seu desnivelamento pela adopção de medidas que condicionem e graduem a tendência progressiva das importações, mas que, por outra parte, não afectem demasiadamente a actividade do comércio importador e a suo intervenção no progresso económico da província.

O problema, é, pois, deveras delicado e de solução melindrosa, sem embargo de tal política, por outro lado, ser susceptível de favorecer, como medida proteccionista, a instauração e expansão de certas indústrias da província. A terminar, diremos ainda que, averiguada que foi, como se viu nestas considerações finais, a capacidade industrial de Angola, vemos que ela está ainda longe de atingir o lugar que lhe devia competir na economia da província e que, portanto, se impõe o seu desenvolvimento no sentido de vir a obter-se a necessária projecção no quadro geral das importações.

Na realidade, cremos que a industrialização de certos sectores muito concorreria para a sua redução substancial, pois o nível industrial até agora atingido na província continua a emprestar um modestíssimo concurso no quadro das exportações, quando afinal, p elos recursos potenciais que se descortinam, poderia ocupar posição muito mais favorável.

Moçambique

Situação da tesouraria - Comparação com a situação em 31 de Dezembro de cada um dos anos do quadriénio de 1956-1959 Mostram os quadros seguintes, respectivamente, a posição e a situação da tesouraria em 31 de Dezembro de cada um dos anos do último quadriénio: