Belchior Cardoso da Costa.

Camilo António de Almeida Gama Lemos de Mendonça.

Carlos Coelho.

Carlos Monteiro do Amaral Neto.

Duarte Pinto de Carvalho Freitas do Amaral.

Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.

Fernando António Muñoz de Oliveira.

Fernando Cid Oliveira Proença.

Francisco Cardoso de Melo Machado.

Frederico Bagorro de Sequeira.

João da Assunção da Cunha Valença.

João de Brito e Cunha.

João Carlos de Sá Alves.

João Mendes da Costa Amaral.

João Pedro Neves Clara.

Joaquim Pais de Azevedo.

Joaquim de Pinho Brandão.

José António Ferreira Barbosa.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Hermano Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José dós Santos Bessa.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Laurénio Cota Morais dos Reis.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

D. Maria Irene Leite da Costa.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Rogério Noel Peres Claro.

Sebastião Garcia Ramires.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Urgel Abílio Horta.

Virgílio David Pereira e Cruz.

Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 77 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 15 minutos.

Deu-se conta do seguinte

Da viúva e filhos do Dr. Camarate de Campos a agradecer as referências feitas na Assembleia ao falecimento daquele antigo Deputado.

De Maria Teixeira Botelho acerca de um eventual pedido de substituição da direcção da Cooperativa Agrícola dos Produtores de Leite do concelho de Mafra.

O Sr. Presidente:-Tem a palavra, antes da ordem do dia, o Sr. Deputado Silva. Mendes.

O Sr. Silva Mendes: - Sr. Presidente: durante o intervalo entre esta sessão da Assembleia e a que terminou em Abril deram-se factos de enorme importância nacional e internacional, a que não desejo fazer referencia, neste momento, propondo-me apenas lembrar um desses factos, que teve particular relevância, para esta Assembleia, porque serviu para pôr em foco a coragem serena e consciente, aliada ao espirito humanitário, de um dos nossos mais ilustres colegas.

Refiro-me à acção do Sr. Eng.º Jorge Pereira Jardim, que arriscou heroicamente a sua vida para salvar numerosos portugueses e outros europeus da morte ou, pelo menos, das torturas, maus tratos e desonra que sofreriam, como muitos outros, quando a soldadesca do Congo ex-belga se revoltou e praticou contra os brancos as violências, crimes e horrorosas infâmias de que todos tivemos conhecimento e, como se isso ainda fosse pouco, se prestou também a transportar para Angola bastantes congoleses pretos e mestiços, fugidos ao verdadeiro inferno em que se transformou aquele país, demonstrando assim, mais unia vez, às jovens nações negras que hoje nos atacam que os Portugueses têm o mesmo carinho e interesse por todos os seres humanos, seja qual for a cor da sua pele.

O Sr. Eng.º Jardim e os seus heróicos companheiros sabiam bem a que se sujeitavam, sabiam que arriscavam deliberadamente a sua vida, mas não hesitaram e cumpriram a sua humanitária missão, abnegada e corajosamente.

Tendo tomado parte activa na guerra de 1914-1918 e lidado com numerosos militares de várias nações, tenho talvez um bocadinho de autoridade para apreciar, no seu justo valor, a acção desenvolvida pelo Sr. Eng.º Jardim, notando, com admiração, que este não foi compelido a fazer o que fez, não agiu como militar e não tinha portanto obrigação de ser corajoso e valente, como qualquer militar que luta pela honra e defesa, da sua pátria, e, por isso, o seu acto é ainda mais digno de apreço e louvor, porque agiu unicamente em obediência aos seus elevados e nobres sentimentos humanitários e à sua coragem de verdadeiro português, que se honrou, honrando também esta Assembleia, de que felizmente faz parte.

Já conhecíamos o Sr. Engenheiro como governante inteligente, sensato e competente, como parlamentar distinto e sabedor e como administrador e dirigente activo, empreendedor e de larga visão. Agora ficamos a conhecê-lo também como homem de coração sensível, alma generosa e comprovada coragem.

Desejo, por tudo isto, manifestar ao Sr. Eng.º Jardim os meus sentimentos de muita admiração, que, com certeza, são partilhados por todos os ilustres Deputados desta Assembleia.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Antão Santos da Cunha: - Sr. Presidente: têm-se ouvido, aqui e acolá, ecos do receio de que a seriedade e complexidade dos problemas maiores da vida nacional no momento presente possam de algum modo prejudicar o ritmo normal, a decisão necessária, com que haverão de ser encarados e resolvidos os pro-