Frederico Bagorro de Sequeira

Henrique dos Santos Tenreiro.

João de Brito e Cunha.

João Carlos de Sá Alves.

João Pedro Neves Clara.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Hérnia no Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Veraneio Pereira Paulo Rodrigues.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Laurénio Cota Morais dos Reis.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Talares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Tarujo de Almeida.

D. Maria Irene Leite da Costa.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Sebastião Garcia Ramires.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Virgílio David Pereira e Cruz.

Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

O Sr Presidente: - Estão presentes 76 Srs. Deputados. Está aberta a sessão.

Eram 17 horas.

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 193.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Se nenhum Sr. Deputado deseja fazer qualquer reclamação sobre o Diário, considero-o aprova-lo.

Deu-se conta do expediente

Carta

Com assinatura ilegível, a apoiar as intervenções dos Srs. Deputados que sugeriram a extinção da Comissão Reguladora das Moagens de Ramas.

Exposição

Do Eduardo Henrique da Silva, acerca, da situação dos escrivães das execuções fiscais.

De Frederico Gorjão Henriques a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Vítor Galo acerca da reorganização da indústria de lacticínios.

Da empresa Burnay e outros a apoiar a doutrina do Decreto n.º 43 418 acerca da reorganização da mesma indústria na Madeira.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Aires Martins.

O Sr. Aires Martins: - Sr. Presidente: Portugal fora designado para as grandes realizações. Por cumprimento do imperativo geográfico, procurou e definiu as fronteiras do reino e, quando as circunstâncias o permitiram, ultrapassou os limites do território e exibiu significado de presença em todos os azimutes do globo t na maioria dos arranjos da humanidade, descobrindo terras e divulgando pormenores de civilizações ignoradas. Os Portugueses de outrora dilataram a fé e o império na prática, sublime do princípio de colaboração rigorosa, e perfeita do exercício de adoração da cruz e do manejo da espada. Toda a narrativa, mais ou menos longa, referida ao passado histórico e à epopeia gloriosa dos Portugueses utiliza o traço simbólico da verdadeira união entre a cruz e a espada.

O pensamento circunscreve a tarefa prodigiosa das viagens marítimas e das descobertas; explica, sobretudo, a obra colonizadora realizada nos espíritos, nos homens e nos bens, conseguida por esforços abnegados, sacrifícios admitidos, religiosidade praticada, conhecimentos ensinados, costumes exibidos, trabalhos realizados e progressos introduzidos, numa afirmação extraordinária do sentido com que os habitantes interpretaram, por vocação própria, a missão determinada para Portugal. Não admitiram receios, dúvidas ou desfalecimentos quando se lançaram na descoberta dos mares imensos, não respeitaram a ideia do sacrifício ou da descrença quando se orientaram para as terras distantes ou contactaram com os povos desconhecidos e atrasados do Mundo, não vacilaram nem desanimaram ao iniciarem a grande obra de aproximação dos homens que os ambientes, os costumes, a língua e o nível de cultura determinavam em condições de hostilidade; não desviaram o rumo por efeito de contemplação dos resultados alcançados e não hesitaram também no uso da força quando se tornara necessária para o benefício dos povos. Os Portugueses actuaram sempre com o coração perante os quadros necessitados e com energia em relação aos exaltados, numa prática reflectida e apropriada da bondade e da força.

Foi o princípio normal da actividade dos Portugueses.

Mal definidas ainda as fronteiras e não completadas as medidas de valorização e de estruturação da política, numa convergência difícil da história em que as circunstâncias comprometiam a condição de independência alcançada com sacrifícios em tempos anteriores, exactamente quando tudo parecia contribuir para a perda da liberdade e para o regresso à situação de povo subalterno, um mesmo homem, desdobrado em manifestações diferentes, por favor do destino e por influência de espírito superior, opera verdadeiros milagres, no jogo consciente da oração a da espada: Nuno Alvares Pereira foi fervoroso na oração, identificado no alcance da crença, valoroso na luta e herói no campo de batalha.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Muito novo demonstrou o poder das suas características de alma, precisamente quando D. Fer-