Henrique dos Santos Tenreiro.

João da Assunção da Cunha Valença.

João de Brito e Cunha.

João Carlos de Sá Alves.

João Cerveira Pinto.

João Mendes da Costa Amaral.

João Pedro Neves Clara.

Joaquim Pais de Azevedo.

Joaquim de Pinho Brandão.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gonçalves de Araújo Novo.

José He] mano Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Laurénio Cota Morais dos Reis.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Luís Talares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Cola res Pereira.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel Maria Sarmento Rodrigues.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Tarujo de Almeida.

D. Maria Irene Leite da Costa.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Rogério Noel Peres Claro.

Sebastião Garcia Ramires.

Urgel Abílio Horta.

Virgílio Davi d Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 83 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 25 minutos.

O Sr. Presidente: - Estuo em reclamação os n.ºs 202 e 203 do Diário das Sessões.

Pausa

O Sr. Presidente: - Como nenhum Sr. Deputado deseja fazem qualquer reclamação aos referidos números do Diário das Sessões, considero-os aprovados.

Deu-se conta do seguinte

Vários a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Franco Falcão sobre problemas da lavoura nacional.

Vários a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Rodrigues Prata acerca do professorado do ensino técnico.

Vários a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Saraiva de Aguilar sobre a restauração de algumas comarcas.

Do Sindicato do Pessoal dos Tabacos do Porto a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Urgel Horta acerca da situação dos operários e empregados da Fábrica de Tabacos do Porto.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Melo Machado.

O Sr. Melo Machado: - Sr. Presidente: neste mundo revolto, insensato - quase incompreensível para a nossa maneira de ser -, em que vivemos, o reclamo, a propaganda, constituem a mola impulsionadora, não só dos produtos, como das ideias e até dos regimes.

Verificamos que o comunismo internacional usa e abusa da propaganda e que todos os seus actos, todas as suas atitudes e todos os elementos de que dispõe estão orientados no sentido de uma propaganda insistente, que não desperdiça uma ocasião.

Desde o jornal clandestino até às conferências de alto nível, tudo no jogo dos dirigentes da Rússia comunista é propaganda.

Infelizmente, o Ocidente não responde a esta propaganda com o mesmo vigor e, ao contrário, não poucas vezes se torna cúmplice desses processos, não só pelo que faz, mas, principalmente, pelo que não faz e devia fazer.

A essa propaganda maldosa não interessa manifestamente a verdade, interessam-lhes apenas os fins a atingir, mesmo que sejam mentirosos ou infames.

Com os últimos acontecimentos que perturbaram a tranquilidade da nossa vida habitual tivemos ocasião de verificar como estão minados os órgãos da imprensa mundial, salvo naturalmente honrosas excepções, que, pelo que representam, pela posição que ocupam, pelos interesses políticos que deviam defender, outra muito diferente deveria ter sido a sua atitude.

Nos últimos tempos essa propaganda tem-se intensificado contra nós. Desde o grande areópago internacional das Nações Unidas até aos grandes e pequenos órgãos da imprensa, mesmo das nações nossas aliadas e amigas, tem-se generalizado o batuque. E não se estranhe a palavra, visto que de interesses africanos se trata! ...

O nosso regime político é apresentado como ditatorial e cruel, e não faltam as alusões à ditadura sangrenta de Salazar.

Pois bem, temos agora alguma coisa para mostrar que, com poucas palavras, denunciará a falsidade dessa propaganda.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - É indispensável espalhar pelo Mundo, e essa será a função do Secretariado Nacional de Informação, essas fotografias admiráveis que mostram Salazar entrando no Santa Maria, sem aparato, sem polícia, aclamado pela imensa multidão que o rodeava, comprimido pelo seu entusiasmo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Em que país do Mundo um presidente do Conselho, um ditador feroz, sangrento, como eles dizem, se atreveria a misturar-se assim com o povo, não sendo vaiado, mas aclamado, abraçado, tocado, ao menos, num preito de veneração, de respeito, de gratidão, aliás mais que justificado?

Vozes: - Muito bem!