Exploração de frutas, nomeadamente citrinos, ananases e bananas, para mercados estrangeiros.

3) Produção de conservas de frutas, sumos e concentrados para exportação.

4) Castanhas de caju: intensificação da produção e conveniente aproveitamento industrial com vista ao mercado externo.

Na vizinha Federação das Rodésias, as exportações de tabaco rendem anualmente 2 250 000 contos.

7) Lacticínios: o mercado local importa anualmente cerca de 60 000 contos.

8) Indústria extractiva: Berilo, columbite, tantalite, mica, lépidolite, pedras preciosas e diamantes;

c) Petróleo (prospecção e possível exploração). Electricidade: para consumo local e exportação.

Permitam-me que abra aqui uma pequena pausa para voltar a referir o aproveitamento do Zambeze, para fins múltiplos.

Reproduzirei as palavras pronunciadas por um secretário provincial de Moçambique (cf. revista Garcia de Orta, vol. 8, n.º 3, p. 664):

Dentro de uns meses, quando muito dentro de poucos anos, vamos ser colocados diante da possibilidade única de erguer no coração da África Portuguesa um monumento à capacidade realizadora de um povo de vocação universal. Sabemos

desde já que, contrariamente ao que se afirmava e supunha (até com base em estudos efectuados no estrangeiro), a fronteira política do nosso território não coincide com a sua fronteira geológico-mineira, e jazigos variados aguardam o cantar mecânico das escavadoras e das perfuradoras. Sabemos já que dispomos na região, aguardando apenas o betão das barragens e o aço das turbinas, de cerca de 60 000 milhões de killowatts-hora, 30 vezes a produção actual da metrópole e da ordem de grandeza da produção total do T. V. A. Reconheceram-se centenas de milhares de hectares de terreno, próprios para culturas regadas, para pastagens, para florestas. Sabemos que é possivel levar, Zambeze acima, até à fronteira, barcos capazes de transportar econòmicamente matérias-primas ou mercadorias...

Trata-se de empreendimentos que ultrapassam - e a enumeração não pretende ser em qualquer sentido exaustiva - mais de 7 500 000 contos, o que parece de alguma importância em qualquer parte do mundo!

Mas nós temos de intensificar a actuação em todos os sectores se queremos salvar o ultramar, ou seja subsistir como nação independente.

O apelo dirige-se muito particularmente aos capitalistas metropolitanos, para que dêem o seu concurso efectivo ao rápido desenvolvimento das terras portuguesas de África.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: ao dar o meu voto de aprovação às Contas Gerais do Estado para 1959, formulo o desejo de que a política portuguesa de valorização de Angola e Moçambique prossiga sem desfalecimento, tendo em conta:

1.º A realização progressiva da união económica portuguesa, a que comecei por me referir nesta intervenção;

2.º A desconcentração administrativa, nos termos previstos no discurso do Sr. Presidente do Concelho de Dezembro findo;

3.º A valorização dos serviços com técnicos adestrados e eficientes;

4.º Um acréscimo de povoamento europeu e mais larga assimilação das populações indígenas;