homenagem, que continue a entregar-se a este, para mim, tão preocupante problema com toda a sua capacidade intelectual e com todo o seu enorme desejo de servir, dando, possivelmente, à admirável organização Mocidade Portuguesa a máxima atenção e o maior auxílio, para que ela continue a forjar caracteres da rigidez do herói Nascimento Costa,...

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - ... dando, possivelmente, no binário escola-igreja uma maior afinidade como penhor e garantia da sobrevivência das mais puras virtudes da raça lusíada; ...

Vozes: - Muito bem!

O Orador: -... criando, possivelmente, centros de formação do carácter moral, orientados por unia elite escrupulosamente seleccionada com os olhos fixos no nobilíssimo objectivo a atingir, ou seja, de maneira a não ser postergada a correcção e o desenvolvimento do carácter moral da juventude, tão sobrecarregada na sua formação intelectual e técnica com programas que absorvem toda a actividade dos seus zelosos professores, a cujas virtudes profissionais rendo também aqui a minha homenagem; descentralizando cada vez mais o ensino liceal de forma a aproveitar-se o melhor ambiente formativo dos meios provinciais menos contaminados pelo vírus das sugestões e de atractivos indesejáveis;...

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - ...revigorando intensamente a aplicação prática dos diplomas que fiscalizam e controlam esses proliferantes meios indesejáveis e aproveitando o mais possível a poderosíssima arma educativa que é a imagem, cuidando com rigor dos programas cinematográficos e da televisão.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Desejo, enfim, Sr. Presidente, e desejo-o veementemente, que se viva em plenitude o genial conceito que substitui a designação "instrução pública" pela de "educação nacional".

Vozes: -Muito bem, muito bem!

O Orador: - Indo isto, Sr. Presidente, implica, evidentemente, com o problema dos nossos recursos financeiros, agora necessariamente muito voltados para a defesa da Pátria e precisamente porque o mal que até aqui tenho vindo a apontar, com as minhas paupérrimas palavras, tem a mais repugnante expressão e o mais descarado acolhimento nessa famigerada O. N. U., que, acima de tudo, devia ser o paradigma da honra e da dignidade.

Vozes: - Muito bem!

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Creio firmemente, Sr. Presidente, que, mantida esta integridade moral, tudo o resto há-de vir por acréscimo e que a revolução continuará, para maior honra deste refúgio ibérico, onde tenazmente se defende a nossa imortal civilização cristã.

Vozes: -Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. José Alberto de Carvalho: - Sr. Presidente: nesta hora de luto e de dor, hora em que a Pátria chora a morte dos seus filhos, que "da lei da morte se libertaram", no momento em que nos nossos peitos é bem forte ainda o sentimento de luto e mágoa, mágoa e luto que sentimos pelos corpos que tombaram escrevendo mais uma página grandiosa na epopeia lusitana, é para a sua memória que vão as minhas primeiras palavras, palavras estas que quisera pudessem exprimir o sentir das orações que do altar que é esta terra de Santa Maria se erguem votivas para os Céus.

Se nas terras da índia Portuguesa o verde dos seus campos e o azul dos seus céus se tornaram rubros de sangue, do sangue do martírio e da honra, sangue irmão daquele que ali jorrou há 450 anos; se esses campos e esses céus choram de sofrimento e orgulho perante a imagem do mais uma vez repetido patriotismo das nossas gentes; se as muralhas de Diu, os penhascos de Angediva ou as paredes cinzentas da velha Goa evocam, testemunhas mudas, mas vivas, o paralelo traçado pelas nossas tropas de hoje com as grandezas da época de Afonso de Albuquerque, Sr. Presidente, é-me particularmente grato dizer aqui que em todas as terras do Portugal de aquém e de além-mar, desde a juventude ao mais velho português, nos seus corações se erguem monumentos de admiração e alto respeito por aqueles que em terras de Angola e da índia, nesse Portugal que em todas as circunstâncias será uno, indivisível e perene, souberam e sabem bem merecer da Pátria.

A esses mortos que no campo da honra tombaram em defesa dos altos ideais, altos ideais que foram, e serão, ainda a luz que iluminará o Mundo, o testemunho da minha sentida e elevada homenagem.

Sr. Presidente: sendo a primeira vez que nesta Assembleia uso da palavra para, no desempenho da minha função parlamentar, o fazer em nome da numerosa classe que represento, registo a interessante coincidência de isso se dar numa legislatura onde, a par da convivência de um ilustre ex-Subsecretário da Educação Nacional, que todo se deu em realizar obra notável e útil no campo do ensino primário, ocupa, a Presidência uma notabilíssima figura de português que à educação nacional deu, já como Ministro, já como ilustre professor, muito do seu saber e do seu esforço. A V. Ex.ª, Sr. Presidente, eu endereço, daqui, as homenagens próprias e a elevada consideração desses professores do ensino primário que, por viverem junto das almas puras e sãs. das crianças, mal sabem ser diferentes delas na franqueza da expressão.

Vozes: - Muito bem, muito bem!