«Um programa político destinado a assegurar a justiça social, no sentido próprio e pleno da expressão, quer dizer, de obrigar todos os cidadãos a obrar virtuosamente, tenderá, na realidade, a substituir a virtude pelo poder do Estado.

Cada passo para a socialização total da economia, para o nivelamento das classes e uniformização da consciência social será acolhido pelo homem comum com a aprovação reservada e misturada de insatisfação daquele que vê a hora do triunfo final aproximar-se, mas com uma lentidão desconcertante e cheia de intermináveis vacilações.

Na justiça social que a Igreja preconiza, com sentido bem determinado, e que alguns especialistas submetidos à sua autoridade fazem deslizar na direcção de um plano social imposto pelo Estado, os democratas socialistas não vêem mais do que uma promessa de realizar os seus postulados e os agentes do comunismo pròpriamente dito uma levedura revolucionária, fermento de decomposição e penhor de um futuro totalitário».

Acredito nestas verdades e continuarei a estudar este

Senti, tal como a Câmara Corporativa, que a regulamentação proposta pelo Governo não se preocupava demasiadamente com o conteúdo do direito de propriedade, e, por isso, tenho de pedir licença para desenvolver algumas considerações sobre esse tema, que ainda tem bastante actualidade.

Aprendi com Louis Salleron que «o desenvolvimento da propriedade foi sempre o corolário do desenvolvimento da própria civilização», precisamente porque «a obra-prima da sociedade é fazer homens livres e no plano das realidades a liberdade só é sustentada pelo direito de propriedade».

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - E também aprendi que a sociedade equilibrada repousa sobre duas bases: o Poder, de essência política, e a propriedade, de essência económica.

No entanto, «a liberdade não se salva nem se desenvolve a não ser pela limitação mútua da propriedade pelo Poder e do Poder pela propriedade».

Faz-nos bem meditar estas grandes verdades e conferir os valores que defendemos quando se abre a guerra