tível missão histórica, sob o comando do mais alto expoente da política contemporânea, que é Salazar ...

Vozes: -Muito bem. muito bem!

O Orador: - ... seguirá invencível a rota gloriosa do seu destino imortal.

Vozes: -Muito bem, muito bem!

O Orador: - Contra a injustiça, levantaremos destemidamente o brado do nosso direito multissecular.

Contra n falsidade e a mentira, manteremos sempre acesa a chama olímpica de uma verdade perene.

Contra as ciladas do perigo, mostraremos uma vigilância persistente, ampla e operante, com a virtualidade de suster os ursos famintos e sanguinários na remordente quietude dos seus fojos.

Ao grasnar dos corvos agourentos, oporemos a música vibrante do nosso patriotismo sempre em flor.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: por tudo se vê que a bom que passa é solene, de expectativa e de combate.

Vozes: - Muito bom, muito bem!

O Orador: - A todos os portugueses SB impõem uns instantes de reflectida meditação.

No plano transcendente, não discutamos Deus, nem Pátria, nem Família.

No plano político, não contestemos a validade dos princípios que o génio de Salazar delineou e que regem, estruturam e informam o Estado Novo.

Mas firmes nesta, tomada de posição, não consintamos que a Pátria tombe na desunião, na apatia e na desesperança .

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - A história prova à saciedade que o descaimento político entibia os tinimos, corrompe os homens e desagrega os povos.

Não nos ficará mal a grandeza moral de aceitar que nem todos os portugueses terão servido a Pátria com a lealdade, com a elegância e com a isenção requeridas pelo sublimado amor à causa nacional.

É urgente congraçar, quanto possível, os desavindos, ouvir as vozes que forem justas, não menosprezar os conselhos de todos os bons portugueses que se mostrem discretos e avisados.

Seria urro funesto que nos deixássemos possuir pelo passivo e estéril diletantismo de que já somos fortalezas inexpugnáveis, de granito duro e consistente, e que todos os demais são estátuas de vidro ténue e quebradiço.

A soberba cega a clara intuição do entendimento; pelo contrário, a prudência é sempre o cunho das almas fortes e predestinadas a triunfos retumbantes.

É imprescindível sinceridade no servir, lealdade nas aspirações e firmeza nos processos de actuação contra os quais não possam prevalecer as investidas do inimigo.

No vértice da pirâmide dos valores nacionais eu vejo um Salazar o nobre exemplo de modéstia, de persistência e de inatacável elegância moral.

É necessário despertar os sonolentos, rejuvenescer os que precocemente se mostram decrépitos, virilizar os pusilânimes e os irresolutos.

Façamos política de esperança.

Não nos poupemos aos mais porfiados esforços para que as necessárias reformas sociais sejam rápidas, justas e eficientes.

Vozes: -Muito bem, muito bem!

O Orador: - Façamos política de verdade.

Sr. Presidente: tornam-se cerradas as brumas do horizonte. Pois bem, como católico, acredito naquele brado de António Sardinha:

Soam-nos ao ouvido palavras de loucura? Não importa.

São os derradeiros ecos de uma mentira que nunca mais há-de atravessar-se-nos no caminho.

A nova era vem para cá do horizonte. É a soberania de Roma a desdobrai1 sobre o Mundo a graça amanhecente de uma nova cristandade.

Como português, creio naquele grito de António Cândido:

Em todas as idades, ainda, na aparência, as mais desoladas e estéreis, germina sempre o génio de nossa imortal espécie, incessante, progressivo e aspirador do melhor.

A humanidade passa sempre pelo calvário dos grandes martírios para atingir o Tabor das magníficas transfigurações.

Dentro de mini, como luz radiosa de uma manhã de Primavera. renasce a esperança de que Portugal, sob a estrela de Salazar, continuará a ser. como diria o poeta, um jardim onde todos os portugueses dignos e leais poderão ter o seu canteiro.

Vozes: -Muito bem. muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. António Santos da Cunha: -Se não bastasse, para, ao erguer-me, neste momento, estar possuído da mais viva emoção, o motivo que me levou a pedir a palavra a V. Ex.ª, acabo de escutar o ilustre Deputado pelo Estado da Índia que tanto me comoveu, que a todos nos comoveu, ao falar das terras de S. Francisco Xavier. E para que o natural embaraço fosse maior acabámos de ouvir a magnífica oração do sempre magnífico Deputado Pinto Carneiro.

Sr. Presidente: não fora o facto de ter bem presentes no meu coração as circunstâncias que antecederam a eleição de V. Ex.ª para o lugar de Presidente desta Assembleia. que, sabemos, honrará sobremaneira, mantendo-a no alto nível em que sempre a conservou o ilustre antecessor de Ex.ª, Sr. Conselheiro Albino dos Reis, seria com o mais vivo contentamento que eu lhe dirigiria, neste momento, as minhas saudações, mas nada impede, tudo, pelo contrário, obriga, que eu lhe diga do meu mais alto respeito e admiração e, se V. Ex.ª me permite, da minha muita estima. Respeito pela singular inteligência que o distingue e admiração por uma vida constantemente dedicada ao serviço do comum.

Realmente na vida de V.Ex.ª observam-se os mais variados actos, do maior proveito para este país, e mal