Ver-se-á adiante quais as actividades que mais contribuem para estas receitas, mas pelo que se acaba de indicar as indústrias transformadoras já atingem cifra alta, e mais subirão na medida da industrialização do País. As alterações progressivas da indústria e a sua influência cada vez mais preponderante na formação do produto nacional precisam de ser acentuadas. É verdade que a evolução do produto interno bruto derivado das indústrias aumentou sensivelmente na última década, até atingir, em 1960, cerca de 28 778 000 contos, mais 11 303 000 contos, números redondos, do que em 1952.

A sua evolução desde este ano consta do quadro que segue:

Anos Produto interno bruto ao custo dos factores Milhares de contos Indústria(a) Total Percentagens

(a) Os valores desta coluna compreendem os referentes a indústrias extractivas, indústrias transformadoras e construção, electricidade, gás, água e serviços de saneamento o transportes e comunicações.

Os valores publicados em 1959 foram corrigidos em conformidade com os trabalhos de actualização das cifras. As indústrias em 1952 comparticipavam com 42,2 por cento no produto interno bruto. A percentagem subiu para 46,3 em 1960, o que representa uma soma importante em valores absolutos, da ordem dos 11 300 000 contos, como se viu acima.

As cifras indicadas compreendem todas as indústrias, mas as transformadoras representam a maior percentagem e são elas que estão em pleno desenvolvimento e onde é mais rápida a aceleração.

Dos 28 778 000 contos, que é o produto interno bruto de todas as indústrias em 1960, cerca de 23 473 000 contos pertencem às indústrias transformadoras e de construção. Poderia ver-se que o seu progresso foi maior do que o das restantes. A seguir indica-se a evolução destas indústrias e da construção:

Anos Produto interno bruto ao custo dos factores Milhares de contos Indústrias transformadoras e de construção Total Percentagens

Os números também foram revistos.

Em 1952 as indústrias transformadoras e de construção representavam 33,9 por cento do produto interno bruto e em 1960 cerca de 37,8 por cento.

Houve, assim, um aumento muito sensível. Estes elementos permitem fazer ideia da influência das indústrias na contribuição industrial e qual a percentagem do produto interno bruto pago ou liquidado por elas.

Considerando apenas os últimos quatro anos, as cifras para o produto interno bruto das indústrias transformadoras, a contribuição industrial que se lhes atribui e a respectiva percentagem constam do quadro que segue:

(a) Valor provisório.

A contribuição industrial parece não ter acompanhado o desenvolvimento do produto interno bruto. Enquanto em 1954 a sua percentagem no total deste era de 1,6 por cento, em 1959 desceu para 1,48 por cento, para se fixar no ano de 1960 em menos de 1,4 por cento (1,39).

Parece, pois, que a carga fiscal sobre as indústrias transformadoras tem sido ligeiramente atenuada nos últimos anos.

Origem da contribuição industrial A contribuição, industrial cobrada provém em cerca de 65 por cento do grupo C. O seu aumento em 1960 ainda foi de 21 810 contos. Dos restantes grupos o mais produtivo foi o grupo B, com mais 24 234 contos do que em 1959 e num total de 281 084 contos. Finalmente o grupo A que teve um aumento de 464 contos, cifra-se em 20 503 contos.