baixa a capitação da despesa ordinária. Se forem bem consideradas as despesas das autarquias locais e regionais, a capitação, embora maior em valores absolutos, ainda será menor na relatividade dos consumos, dados os pequenos recursos da maior parte desses organismos.
A seguir indica-se a capitação das despesas durante certo número de anos a preços correntes e constantes, na base do índice de 1927, a que já se aludiu:
Nota-se aumento acentuado, de 1958 para 1959, devido ao ajustamento dos vencimentos. Mas apesar disso a capitação de 851$ correspondente a 1960 é baixa, comparada com a média de quase todos os países ocidentais.
Como se verifica, as despesas extraordinárias tiveram um grande aumento. Deu-se o inverso de 1959. Neste ano as despesas ordinárias subiram muito: cerca de 760 422 contos. Em 1960 a maior elevação de despesa teve lugar nas despesas extraordinárias: l 160 189 contos. Estes dois fenómenos são novos na Conta Geral do Estado.
No entanto, o desenvolvimento de cobranças permitiu um excesso de receitas sobre despesas ordinárias bastante volumoso, pois atingiu l 812 870 contos, ainda maior do que o de 1958 e mais 326 744 contos do que no ano anterior. Este facto auxiliou a vida orçamental, porque permitiu menor recurso ao crédito.
A evolução das despesas extraordinárias, num longo período de anos, tem interesse, por mostrar o gradual desenvolvimento de umas e outras; no quadro seguinte podem comparar-se os resultados de todos os anos a partir de 1950 e referi-los aos totais de 1938: