do total dos depósitos, dos quais apenas 0,2 por cento de depósitos a prazo; os restantes 23,5 por cento repartiam-se por diversos agrupamentos de depósitos obrigatórios. A evolução dos depósitos, de 1953 à 1960, conforme os agrupamentos nos balanços, está resumida neste quadro:

Verifica-se que a contribuição dos depósitos obrigatórios, em 1960, no aumento do total dos depósitos foi muito mais limitada do que em 1959. Na Caixa Económica Portuguesa o saldo dos depósitos à vista subiu 357 000 contos, continuando a descida dos depósitos a prazo.

Operações activas As operações de aplicação de fundos directamente realizadas nos serviços privativos - não incluindo a tomada de promissórias de fomento nacional, que são consideradas disponibilidades - registaram em 1960 uma elevação de 394 089 contos:

No acréscimo de 60 228 contos dos títulos em carteira, 46 783 contos corresponderam a títulos do sector privado.

Como nos anos anteriores, a expansão das operações da Caixa Nacional de Crédito é responsável pela maior parte da elevação do saldo devedor do conjunto das contas correntes com instituições anexas. Com efeito, coube-lhe 99,6 por cento em 1960, com um aumento de 335 786 contos. Excepcionalmente, e devido à conveniência dos devedores de um grupo de operações com o sector corporativo, que não utilizaram largas margens disponíveis em empréstimos em conta corrente, o total do

agrupamento das operações de crédito dos serviços privativos apresentou uma variação negativa em confronto com o ano anterior:

Todavia, as operações com o Estado e seus serviços autónomos, com os corpos administrativos e as de crédito hipotecário apresentaram acréscimos significativos.

O crédito hipotecário engloba o financiamento à construção, cujo saldo devedor se elevou de 124 374 contos em 1960, repartido por todas as regiões do País. Nas novas operações realizadas em 1960 com o sector público merecem destaque o empréstimo de 80000 contos aos OTT -previsto no esquema de financiamento do II Plano de Fomento- e os empréstimos aos corpos administrativos. Estes últimos totalizaram 72 732 contos, distribuídos para as seguintes finalidades:

Devido às amortizações nos empréstimos anteriormente concedidos o saldo devedor destas operações elevou-se de 40 529 contos, dos quais mais de um terço respeita ao Município do Porto. Em 31 de Dezembro de 1960 o débito daquele Município elevava-se a 331860 contos, equivalente a 26,6 por cento do total das operações com os corpos administrativos.

Contas de resultados Em paralelismo com a expansão das operações, as receitas cobradas no ano de 1960 aumentaram de 10 por cento relativamente ao ano anterior, atingindo 341 596 contos.