A conta da Janta, que é um serviço com autonomia nesta matéria, elevou-se, porém, a 449 115 contos, gastos na forma descrita no quadro seguinte:

O exame destas cifras e a sua comparação com as despesas de 1959 mostra o aumento da ordem dos 18 756 contos. Mas há que ter em conta a reposição mencionada.

Em pessoal o acréscimo foi pequeno, de cerca de 1690 contos. As despesas com material avolumaram-se de 325 990 contos para 374 018 contos, ou 344 388 se forem deduzidos os 29 630 contos da reposição.

Já o ano passado a ponte da Arrábida pesou bastante nas despesas. As quantias autorizadas até 31 de Dezembro de 1960 elevaram-se a 160 000 contos. No caso da auto-estrada as quantias autorizadas até fins de 1959 foram de 204 416 contos, que subiram para 262 000 contos em fins de 1960. O custo total da auto-estrada arredonda-se em 303 000 contos.

Estas cifras mostram que o plano rodoviário se atrasa muito pela construção de novas vias de comunicação imprevistas, fora do plano. O dispêndio de 422 000 contos em duas obras, até fins de 1960 - a ponte da Arrábida e a auto-estrada de Lisboa a Vila Franca - impediu que se executassem obras de grande interesse económico no interior, algumas das quais consistiam na conclusão de troços de estradas iniciados há muitos anos, ou na construção de vias de comunicações entre povoações que não podem ser servidas de outro modo, justamente por não o poderem ser por estradas nacionais que se não constróem.

Este problema merece ser considerado convenientemente.

Já acima se aludiu a ele. Parece que obras volumosas que se julguem de executar o devem ser por dotações especiais. Desde o fim da guerra, de 1946 a 1960, a Junta despendeu as seguintes importâncias:

Nestes totais incluem-se as obras das pontes de Vila Franca e Arrábida e a auto-estrada, que devem subir a mais de 650 000 contos quando concluídas as duas últimas.

Podem discriminar-se da forma que segue os gastos da Junta Autónoma de 1946 a 1960: