Tirando os distritos de Lisboa e Porto, e os alentejanos, a zona melhor provida de verbas é a do litoral: Aveiro e Leiria, com o quinto e oitavo lugares.

Parece ser necessário procurar distribuir melhor as verbas disponíveis por zonas do interior ainda em grande atraso em relação às zonas do litoral. No caso das pontes levanta-se problema idêntico. No distrito de Lisboa as quantias utilizadas somaram mais de 217 000 contos e no do Porto já atingiram 90 000 contos em 1960.

A seguir indicam-se as verbas gastas em pontes:

As dotações em 1960 Num dos quadros acima transcritos inserem-se as verbas despendidas em 1960, que somaram 157 308 contos na conservação e reparação e 128 767 contos na construção.

As quantias pagas na construção são muito pequenas em alguns distritos, como o de Braga (46 contos), o de Coimbra (237 contos), o da Guarda (434 contos), o de Leiria (351 coutos) e outros.

Os distritos mais beneficiados continuam a ser os de Lisboa e Porto (57 813 contos e 13 888 contos). No primeiro incluem-se pagamentos na auto-estrada. Outros distritos com verbas altas, na relatividade das dotações, são os de Beja (10 040 contos), o de Faro (12 364 contos), o de Évora (4364 contos) e o de Aveiro (4621 contos). Dos restantes distritos há apenas quatro com dispêndios compreendidos entre 1500 contos e 3000 contos (Portalegre, Bragança, Viana do Castelo e Viseu). E inferiores a 1000 contos há seis distritos.

Estas cifras definem a lentidão da obra rodoviária.

Natureza dos pavimentos Em fins de 1960 a rede de estradas nacionais tinha a extensão de 17 617 km, apenas mais 106 km do que em 1959. O progresso anda na razão de 100 km por ano, visto que em 1959 se construíram apenas 91 km.

Se não forem tomadas providências adequadas, o plano rodoviário, já de si modesto, ainda levará muitos anos a concluir, sobretudo nas zonas interiores do País.

Na melhoria dos pavimentos o progresso é mais sensível. Em 1960 a natureza dos pavimentos distribuía-se como segue:

Quilómetros

Houve progresso sensível nos pavimentos aperfeiçoados. Esta designação compreende betuminosos, calçadas e cimento, mas predominam os primeiros, com perto de 11 000 km. Os pavimentos de macadame diminuíram para 4616 km, que ainda representam uma percentagem alta. E as terraplenagens mantiveram-se.

No quadro seguinte dá-se nota do tipo de pavimento por distrito, com a indicação do total por classes.