(...)anos 46 507 contos, mas deste aumento 45 987 contos pertencem a pessoal. É insignificante o reforço das verbas de material e encargos: 144 contos e 376 contos, respectivamente, em relação a 1958. Este lado do problema do ensino técnico precisa de ser revisto. Pode agora dar-se a resenha do custo total do ensino técnico no Ministério da Educação Nacional.

O quadro seguinte agrupa as dotações pagas:

A despesa atingiu perto de 180 000 contos em 1960. O grande aumento nos últimos anos deu-se nas escolas industriais. Elevou-se a 46 507 contos nos últimos três anos. Neste lapso de tempo a ascensão de todo o ensino técnico, em matéria de despesas, arredonda-se em 55 000 contos, quase um terço das verbas actuais.

Ensino agrícola No ensino agrícola não se notam diferenças sensíveis. A verba total para a despesa é da ordem dos 16 054 contos em 1960, mas o ensino superior (Instituto Superior de Agronomia) consome 7014 coutos.

As escolas elementares e práticas, com 1698 contos, comparticiparam em 1959 com 7,8 por cento, que subiu para 10,8 por cento em 1960, depois da dotação da Escola Agrícola de Mirandela a que já acima se fez referência. As despesas do ensino agrícola constam do quadro que segue:

Também neste aspecto a agricultura não está em maré de sorte. O ensino agrícola elementar tem sido descurado. A questão reveste aspectos paradoxais, dado que o fundo da população portuguesa repousa na origem dos campos e que a existência de uma exploração agrícola progressiva é condição fundamental de progresso económico. A falta de ensino agrícola, por assistência técnica ou de outro modo, é uma das causas a ajuntar a outras da pobreza do meio agrícola nacional.

Direcção-Geral do Ensino Primário Quase todo o acréscimo de despesa verificado nesta Direcção-Geral diz respeito a pessoal. Entre os dois anos de 1958 produziu-se um aumento no pessoal de 118 324 contos, subdividido por 105 346 contos em 1959 e 12 978 contos em 1960.

A razão da grande elevação em 1959 já foi sucintamente explicada no parecer deste ano. Proveio da actualização dos vencimentos, absolutamente justa e necessária.

Multiplicação de escolas e esforços feitos no sentido de levar o ensino primário a todas as regiões do País exigiram o dispêndio de maiores verbas.

Prevê-se ainda o gasto de quantias superiores, sobretudo em matéria de apetrechamento, que ainda é elementar em muitas escolas primárias. O aperfeiçoamento deste ensino deve ser uma regra e para isso há necessidade de dotações convenientes.

A seguir inscrevem-se as despesas da Direcção-Geral do Ensino Primário, discriminadas por dependências: