As despesas com os estudos relacionados com a ponte sobre o Tejo já se elevam, pelo Fundo Especial de Transportes Terrestres, a perto de 500 contos. Nos encargos há a destacar os relacionados com a concessão única.

A seguir discrimina-se a verba de 1960:

Contos

Subsídio reembolsável para reforço do fundo de maneio e cobertura de deficits e de dívidas contraídas pela empresa concessionária .............. 120 000

Subsídio reembolsável para reforço do fundo de maneio .......... 80 000

Subsídio reembolsável à empresa concessionária correspondente ao imposto ferroviário e outros ............................. 47 794 247 794

Elevaram-se, pois, a 255 082 contos os encargos do Fundo Especial, de Transportes Terrestres. Esta quantia pode discriminar-se do modo que segue:

Contos

Pondo de lado 7278 contos relativos à última prestação do pagamento de um empréstimo de 100 000 contos contraído no Tesouro e destinado aos cominhos de ferro, quase tudo o que sobra pertence a encargos da concessão única.

Encargos da concessão única O Estado entregou à empresa concessionária dos caminhos de ferro, desde 1951, sob a forma de subsídios não reembolsáveis, subsídios reembolsáveis e outros, a soma de 1696 488 contos, distribuída pelos anos seguintes:

Total ........ 1 696 488

Parece que nos últimos anos o Estado estabilizou a entrega à empresa concessionária numa quantia que anda à roda de 250 000 contos por ano. Embora teoricamente ao menos uma parte dos dinheiros entregues pelo Tesouro, ou provenientes de receitas que o Estado destinou a esses fins, sejam reembolsáveis, não parece que praticamente tal seja possível. A parte recuperável num total de 1 532 662 contos consta do quadro que segue: A verba maior pertence aos subsídios reembolsáveis, que são formados pelo imposto ferroviário de cada ano, processado mas não pago pela empresa, que já se eleva a mais de 400 000 contos, e por quantias entregues para fundo de maneio, para renovação de material e via e outras. A de maior relevo é a do fundo de maneio, como se mota a seguir:

As cifras mostram que o auxílio do Estado serve, na sua grande parte, para liquidar os deficits volumosos da empresa concessionária.

Receitas As receitas do Fundo, em 1960, elevaram-se a 288 147 contos, que se podem desdobrar como segue:

Contos

Imposto de compensação ........... 90 783

Destas receitas, que incluem 80 000 contos do Estado, foram entregues à empresa concessionária, nos termos já indicados, 247 787 contos, elevando as entregas totais a 1 532 662 contos.

As entregas directas do Tesouro (80 000 contos em 1960) somam 316 770 contos.

233. Continua a aumentar a despesa desta Direcção-Geral, que somou 223 589 contos. A subida da despesa