A evolução das despesas tem tido oscilações. Em relação a 1955 subiram de 40 por cento, apesar do decréscimo que de 1959 para 1960 se verificou no seu ritmo.

É nas despesas com o pessoal que o acréscimo mais se acentua. Nos três últimos anos as despesas com o pessoal aumentaram mais de 90 000 contos enquanto as despesas com o material apenas se elevaram 3000 contos e as de pagamento de serviços desceram mais de 11 000 contos. O mapa seguinte dá o confronto nos três anos: No conjunto das despesas com o pessoal é, naturalmente, o grupo dos vencimentos aquele que mais pesa, pois corresponde a 85 por cento em 1960.

Mas é no grupo do abono de família que tem sido mais acentuada a evolução a partir de 1957, pois corresponde, em 1960, a 180 por cento do que era naquele ano.

O pessoal dos quadros representa 77 por cento da despesa, quando em 1959 representava 80 por cento. Isto significa que outras classes tomam o seu lugar. Gomo já se fez notar no ano transacto, é no pessoal suplementar que se verifica maior incremento. A evolução da composição do pessoal mostra a tendência para não recompor os quadros dos que vão saindo por aposentação, exoneração, falecimento e abandono para actividades melhor remuneradas. O pessoal passa a ser recrutado em condições precárias, que não podem deixar de ter os seus reflexos na estrutura dos serviços. Desde 1957 o pessoal consta do mapa seguinte:

Tomando por base aquele ano de 1957, a evolução sofrida tem sido a que segue:

A saída de pessoal do serviço efectivo, mantendo a sua ligação aos quadros, é uma das causas das substituições a que os suplementares acorrem; é uma situação que se não adapta totalmente à tendência actual na generalidade em que o direito ao lugar está a sofrer fortes limitações. Como já se fez notar em 1959, nesse ano por cada 100 unidades dos quadros havia 32 fora deles; em 1960 passou a 40 unidades.

A saída do pessoal técnico continua a verificar-se acentuadamente. Durante o ano saíram 10 engenheiros e 11 condutores, com o tempo médio de serviço de 2,6 anos. E apenas foi possível admitir 4 e 3, respectivamente, dos quais 5 saíram ainda no decurso de 1960. No fim do ano existiam 30 vagas de engenheiros e 29 de condutores.

A Administração-Geral sente a gravidade da situação, a qual tem ocasionado irreparável atraso no estudo de novas instalações de telecomunicações e outras. A própria conservação das instalações é afectada por falta de dirigentes locais e de fi scalização por parte dos serviços centrais.