Na rubrica de «Diversos» continuou a venda de impressos e outros a corresponder à maior verba (3258 contos contra 3500 em 1959); o embarque e desembarque de passageiros e bagagens produziu 2404 contos e em terceiro lugar conta-se o aluguer de cábreas com 2291 contos.

Na receita extraordinária, em execução do II Plano de Fomento, a verba de autofinanciamento é de 5000 contos e a proveniente do Orçamento Geral do Estado de 3589 contos. As despesas ordinárias subiram 3784 contos de 1959 para 1960. A comparação com os três anos antecedentes dá o que segue:

Nota-se na discriminação das despesas, em percentagens, que as de pessoal têm vindo a subir firmemente, enquanto as de material têm descido não só em valores relativos como em valores absolutos. Não pode deixar de ser motivo de sérias reflexões este facto. Aliás, já no parecer do ano anterior havia sido chamada a atenção para o assunto. A despesa extraordinária em encargos de obras e instalações, realizada pelo plano de melhoramentos, igualou a receita ordinária (8589 contos). Gomo já se viu, as despesas com o material desceram, de 1959 para 1960, quase 3000 contos, enquanto as despesas com o pessoal subiram 1700 contos e os pagamentos de serviços 4800 contos.

A diminuição nos consumos ainda seria mais acentuada se não houvesse um forte aumento no gasto em combustíveis, que, tendo sido de 2543 contos em 1959, passou pára 4338 contos em 1960. A oscilação que, ano a ano, se verifica nesta rubrica carece de explicação, ao menos no que se refere à descida brusca de 1958 para 1959, quando passou de 5045 contos para metade.

As verbas de construções e obras novas (1616 coutos) apenas representam 9,3 por cento do total:

Mas as despesas com o material não podem deixar de ser apreciadas em conjunto com as dos obras executadas para o porto de Lisboa pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e que constituem encargo do plano de melhoramentos e do fundo de melhoramentos. Só no que se refere a construções, atingiu 9234 contos a verba despendida em tais obras, competindo 8193 contos ao plano de melhoramentos, inteiramente para as instalações terrestres da doca de pesca de Pedrouços.

A demora na realização das obras é sempre causa de maior custo; as verbas vão-se sucedendo em vários anos, escassas para o volume da obra, mas acabam por atingir soma superior a esse mesmo volume. Causas várias - e certamente fora do alcance da Administração-Geral - levam, a que assim suceda. A verba gasta na estação fluvial de Porto Brandão em 1960 inclui a elaboração do projecto. Já haviam sido utilizados em 1959 nesta estação 119 contos. Em 1960 foram despendidos 59 contos na ampliação da Estação