A diferença positiva entre as receitas e despesas ordinárias subiu de 1959 para 1960. Mas o que importa não é uma receita ordinária em que se inclui o saldo da gerência anterior e outras verbas, que, em 1960, diminuem de 62 339 contos para 22 906 contos a receita de exploração. Por outro lado, também o total da despesa tem de ser corrigido, abatendo-se as verbas despendidas e que não são consideradas como pertencentes ao próprio ano. Sendo assim, as receitas e despesas de exploração, de 1959 e 1960, dão um déficit de 13 072 contos e 15 553 contos, respectivamente:
Receitas ordinárias
Nestes três anos tem sido mantida a mesma relação entre os dois grupos de receitas: 58 por cento para os impostos e 42 por cento para as taxas de exploração. Se a nomenclatura fosse uniforme nas contas de administrações congéneres poderia ter interesse o confronto quanto à origem das receitas, porque certamente elas definem uma posição de exploração.
Operando o desdobramento das taxas de exploração vê-se que é na verba de automóveis que vem a operar-se a maior subida em valores absolutos. O quadro seguinte dá aquele desdobramento nos últimos três anos, em contos:
No total verificou-se, portanto, uma subida de 1700 contos, quando em 1959 o acréscimo foi de 580 contos. A taxa de armazenagem atingiu em 1960 quase 2260 contos, quando no porto de Lisboa foi de 9815 contos, além da receita de 1370 contos de ocupação de armazéns e outros edifícios.
Nos portos do Douro e Leixões as despesas ordinárias apreciam-se no quadro seguinte, em contos:
A influência de cada um dos agrupamentos no total das despesas mede-se pelo seguinte quadro:
Como se pode verificar, é profundamente diferente esta composição do que ficou registado no caso do porto de Lisboa, em que a verba do pessoal corresponde a 44 por cento e a de material apenas a 14 por cento.
No que respeita a pagamento de serviços e diversos encargos, enquanto no porto de Lisboa a verba é de 42 por cento do total, aqui é de 38 por cento. Tanto num caso como noutro a verba do fundo de melhoramentos tem alta influência no total: 12 943 contos no primeiro e 8478 contos no segundo. Este fundo tem apresentado acentuado decréscimo nas contas de administração dos portos do Douro e Leixões, como se vê no quadro seguinte, em contos, que dá as despesas ordinárias que, efectivamente, não fazem parte das despesas de exploração: