Os atrasos de maior vulto verificam-se na hidráulica agrícola, no abastecimento de água às populações, na viação rural, nos portos, na electricidade e nos portos do Douro e Leixões. Nalgumas destas empresas as diferenças para menos entre o orçamentado e o pago são da ordem de 50 por cento, ou mais.
O relatório acima referido explica as causas dos atrasos nas empresas citadas.
Em primeiro lugar, as receitas e despesas ordinárias subiram muito em relação aos anos anteriores, devido essencialmente ao grande acréscimo das despesas extraordinárias. Como o volume das receitas ordinárias não flectiu e antes se acentuou o aumento, e como além disso se contiveram dentro de limites menos acentuados as despesas ordinárias, tornou-se possível um volume do excesso de receitas ordinárias que permitiu neutralizar parcialmente o grande aumento das despesas extraordinárias. Os números seguintes definem os acontecimentos orçamentais em 1960:
O saldo fixou-se em 68 428 contos, números redondos.
contos
A grande diferença para menos nas receitas extraordinárias foi coberta pela grande diferença para mais nas receitas ordinárias sobre idênticas despesas.
Deve notar-se, porém, que o recurso ao empréstimo englobado nas receitas extraordinárias foi muito grande, como se verificou acima.
Saldos de anos económicos findos
Esta conta há dezasseis anos apresentava disponibilidades de cerca de 717 000 contos. De então para cá o emprego de saldos reduziu-a sucessivamente até à cifra acima indicada. Os saldos ultimamente têm sido mantidos a um nível baixo.
Os excessos de receitas ordinárias que os podiam avolumar têm liquidado despesas extraordinárias.
No mapa que a seguir se publica dá-se o movimento da conta dos saldos de anos económicos findos, com a indicação da soma depositada nas operações de tesouraria:
Nota. - Este quadro não inclui reposições, no valor de 18 000 contos, feitas na conta dos saldos.