Os serviços de fomento absorvem 50,4 por cento, mais ou menos o mesmo que em 1959.

Neste capítulo contabilizam-se as despesas dos maiores serviços autónomos, que, como adiante se notará, têm grande projecção no orçamento de Moçambique.

Não houve sensíveis alterações nas percentagens que competem a cada capítulo. Assim, na administração geral e fiscalização, com o gasto de 859 764 contos em 1959, o aumento elevou as despesas para 957 204 contos. No entanto, em percentagem, o acréscimo arredonda-se em 0,2 - 14,7 contra 14,9 por cento. Nos encargos gerais, com o gasto de 1 065 548 contos, as percentagens de 16,6 são idênticas.

Os serviços de fomento utilizaram 3 243 748 contos, mais 303 830 contos do que no ano anterior, elevando-se a percentagem do total das despesas a 50,4.

Influência dos serviços autónomos Notou-se nas receitas que o capítulo das consignações ocupava posição dominante, com cerca de 47,7 por cento do total, devido às receitas dos serviços autónomos.

Nos serviços de fomento contabilizam-se as principais despesas. A percentagem do capítulo sobe para 50,4, como se viu acima.

A sua importância é grande em Moçambique e Angola. Os portos, caminhos de ferro e transportes e os correios e telégrafos têm elevadas receitas, que se compensam integralmente. Não influenciam as contas em matéria de saldos, mas avolumam os totais das receitas e despesas.

Um pequeno quadro mostra a influência dos transportes nas despesas ordinárias:

(a) Não inclui portos, caminhos de ferro e transportes.

Em Moçambique o total das despesas dos serviços de fomento, que era de 2 400 008 contos, desce para 430 905 contos, sem as despesas do serviço autónomo dos portos, caminhos de ferro e transportes.

No caso de Angola cifras idênticas são de 697 307 contos para o total dos serviços de fomento e de 438 328 contos sem os serviços dos portos, caminhos de ferro e transportes. Note-se que em Angola a diminuição é muito pequena em comparação com a de Moçambique.

Se agora for analisada a despesa ordinária total, que se elevou a 6 437 177 contos em 1960, nota-se que ela desce para 4 209 094 contos, sem os transportes em Angola e Moçambique.

Ainda se pode ver melhor a influência dos transportes. Em Angola a omissão dos transportes faz descer a despesa de 1 868 785 contos para 1 609 806 contos. Em Moçambique o total de 3 875 673 contos reduz-se para 1 906 570 contos, apenas mais 300 000 contos do que o de Angola.

De modo que no quadro acima, transcrito poderiam corrigir-se as despesas dos serviços de fomento, subtraindo as dos transportes, e obter-se-iam os números que seguem:

Contos

Em Moçambique ........... 430 905

Nas outras províncias ... 146 432

As cifras são muito diferentes.