Nos dois últimos anos as receitas ordinárias foram as que seguem:

Contos

Embora a elevação desde 1968 seja da ordem dos 15 por cento, não é satisfatório o nível das receitas de Cabo Verde, e daí atrasos substanciais na vida da província. O seu baixo nível provém da pobreza dos recursos explorados, que consistem essencialmente em produtos agrícolas.

As taxas da amarração do cabo submarino, que renderam 5100 contos em 1960, variam conforme a data das liquidações e perturbam por este facto a uniformidade do ritmo de aumento.

Os capítulos orçamentais de maiores quantitativos de receitas ordinárias são os dos impostos directos e indirectos e os das consignações de receitas, como se verifica no quadro seguinte:

O somatório dos impostos indirectos e directos absorve 48,9 por cento das receitas, que, adicionados aos das consignações, ou 22,8 por cento, perfazem mais de dois terços do total. Dos restantes capítulos orçamentais destacam-se as taxas, com pouco mais de 6563 contos, ou 11,3 por cento, e o domínio privado e participação de lucros, com cerca de 10 por cento, ou 5808 contos. Neste último, capítulo estão incluídas as taxas da amarração de cabos submarinos, que renderam 5100 contos em 1960, contra 7166 contos em 1959.

Esta diminuição foi contrabalançada pelo aumento de 2343 contos nos impostos indirectos, de 1438 contos nas taxas e de 1948 contos nas consignações. O resultado final foi o aumento já assinalado de 4537 contos. Em Cabo Verde, como aliás nas restantes províncias ultramarinas, as consignações de receitas ocupam lugar de relevo.

iu-se que em 1960 representaram 22,8 por cento do total.

A sua influência começou a fazer-se sentir no fim da guerra, em que representaram 15 por cento, que se comparam com apenas 6 por cento em 1938. A subida da receita das consignações influenciou as percentagens referentes a outros capítulos, como se nota no quadro que dá a evolução em percentagens de todos os capítulos orçamentais desde o início da guerra: