Os serviços consomem cerca de 71,5 por cento da despesa total, ou perto de 37 000 contos. Aos encargos gerais correspondem 15,3 por cento. O que já se escreveu sobre a situação financeira da província de Cabo Verde deixa prever agravamento constante da sua dívida. Na verdade, ela atingiu a cifra de 332 486 contos em 1960, mais 102 055 contos do que no ano anterior.

O acréscimo foi muito grande. A província não paga os encargos de alguns dos seus empréstimos, que são adicionados à dívida.

A metrópole é a única credora de Cabo Verde. Os empréstimos repartem-se pelo Tesouro da metrópole, Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência e Fundo de Fomento Nacional, na forma que segue:

O empréstimo da Caixa está em regime de amortização. Mas é o orçamento metropolitano que liquida as prestações do serviço do empréstimo.

Os pagamentos feitos por encargos da dívida subiram a 2862 contos. Estes encargos têm aumentado apreciavelmente nos últimos tempos, apesar do auxílio da metrópole, mas tiveram de ser reduzidos de 4822 contos em 1959 para 2862 contos em 1960.

Governo da província O aumento da despesa deste capítulo, um pouco inferior a 100 contos, deu-se em pessoal quase todo, como se nota a seguir:

contos

Classes inactivas Também se deu acréscimo nos pagamentos às classes inactivas. O total atingiu cerca de 3868 contos, contra um pouco menos de 3600 contos em 1959.

A distribuição dos pagamentos foi como segue:

Contos

Administração geral e fiscalização Incluem-se nesta rubrica serviços importantes, como os da saúde pública, os da instrução pública e outros. As verbas tendem para aumentar na medida em que forem alargados esses serviços.

Em 1960 houve o acréscimo de 2398 contos, assim repartido: Os serviços da instrução pública e saúde utilizaram 12 764 contos, mais 1984 contos do que no ano anterior. O reforço dos serviços de instrução absorveu 1222 contos.

Com a criação de novas escolas primárias, de ensino técnico e secundárias a verba ainda aumentará bastante.