turas tradicionais do amendoim e do coconote devem ser completadas com outras menos aleatórias ou com actividades susceptíveis de manter um ritmo de produção que não esteja sujeito a influências climáticas tão poderosas como as que reduzem as exportações na magnitude do que aconteceu em 1960.

Estudar-se-á o plano de fomento adiante e então se verificará que se utilizaram já somas muito importantes no fomento económico.

Porém, os elementos relativos a 1960 não acusam melhoria. Seriam de esperar reduções substanciais nas receitas, depois de examinada a actividade económica de 1960. E assim aconteceu.

As receitas ordinárias desceram de. 129 265 coutos para 112 705 contos, menos 16 560 contos.

A tendência para a descida das receitas ordinárias já vem de anos anteriores.

Houve necessidade de comprimir as despesas. Gastou-se quantia parecida com as receitas.

As cifras são as do quadro que segue:

O saldo reduziu-se para 68 contos, formado por mais 312 contos de receitas ordinárias e mais 244 contos de despesas. A diferença produziu os 68 contos de saldo.

Não é satisfatória, no ponto de vista financeiro e social, a diminuição de receitas que arrasta à diminuição de despesas, sobretudo numa conjuntura séria como a actual. A receita ordinária orçamentada (124 337 contos), não foi atingida, porque se cobraram apenas 112 705 contos, menos 11 632 contos.

As receitas totais foram as que seguem:

No quadro comparam-se as receitas ordinárias e extraordinárias dos dois últimos anos.

O recurso ao empréstimo foi pequeno. As receitas extraordinárias são quase todas constituídas pelo rendimento das concessões petrolíferas (22 785 contos) e, em menor escala, por saldos de anos económicos findos (5048 contos). Estes últimos estão esgotados.

As despesas totais somaram menos 10 108 contos do que em 1959, ou seja, 141 003 contos, que se obtêm o modo que segue:

O aumento nas despesas extraordinárias, que somaram 28 610 contos, reduziu o saldo para 68 contos, apesar de uma forte diminuição nas despesas ordinárias, da ordem dos 13 857 contos. A diminuição de 13 por cento nas receitas ordinárias, já assinalada, deu-se em quase todos os capítulos orçamentais, mas foi mais acentuada nos das taxas e dos impostos directos e indirectos.

E de notar que a baixa de receitas nestes capítulos já vem de anos anteriores, embora se tivesse acentuado em 1960. Precisam de algumas anotações as receitas destes impostos. Por agora basta dizer que parece ser paradoxal a baixa na receita dos impostos indirectos, formada em grande parte pelos direitos de importação. Ora o aumento destas foi muito grande.

Quanto à menor valia nas taxas, é mais aparente do que real porque uma das taxas que produziu cerca de 4000 contos em 1959 foi transferida para as consignações de receitas, que nem por isso melhoraram apreciavelmente o seu total, antes pelo contrário o diminuíram em cerca de 3581 contos, devido ao muito menor rendimento do porto de Bissau e a outras causas.

A baixa nas receitas parece ter sido geral, o que denota crise.

A seguir publica-se um quadro com a indicação das receitas dos diversos capítulos nos dois últimos anos e as diferenças entre os totais de ambos.