As despesas ordinárias regressaram a um nível um pouco superior ao de 1906, em que se arredondaram em 106 000 contos.
A causa principal do decréscimo proveio da baixa nas receitas ordinárias, que se verificou ter atingido 16 560 contos. Se não se operasse a compressão que reduziu a despesa em 13 857 coutos, a província fecharia as suas contas com um déficit.
O exercício de 1960 destoa, pois, em matéria de receitas e despesas, dos exercícios anteriores.
As despesas ordinárias durante certo número de anos e os respectivos índices, na base de 1938 igual a 100, constam do quadro que segue:
De 1954 a 1960 o índice subiu 99 pontos. Parecia que a província neste aspecto adquiria bases para um rápido avanço, fortalecido ainda por dívida relativamente baixa, quando se comparam as cifras com as de Cabo Verde, por exemplo.
No ano de 1960 a descida foi de 51 pontos.
Este problema das receitas e despesas na Guiné tem acuidade especial, dada a sua situação relativamente a territórios vizinhos e a exigências sociais que têm vindo a ser satisfeitas nos últimos anos. Parece que neste último aspecto a obra realizada é digna de registo.
Um quadro comparativo da evolução das receitas e despesas nos últimos anos mostra a sua estreita ligação:
As despesas aumentaram sempre, excepto no último ano. As receitas afrouxaram a partir de 1959, com o grande desnível de 1960.
Repartição das despesas
Vê-se que se deram diminuições acentuadas de despesa nos serviços de fomento (4068 contos), nos encargos gerais (3904 contos) e nos serviços militares (3440 contos). Mas o decréscimo foi geral em todos os capítulos, com excepção do da dívida, que teve uma despesa igual à do ano anterior. Não devia ter sido fácil esta compressão, imposta certamente pelas circunstâncias económicas.