O valor das importações é relativamente fraco devido às substâncias alimentícias, constituídas em grande parte por produtos, como o milho, de relativamente baixo preço. O decréscimo nas importações também se fez sentir nos têxteis, nas máquinas e veículos e nas manufacturas diversas, perfazendo no total cerca de 23 445 contos.

4. A seguir indicam-se as principais importações nos dois últimos anos:

Pode dizer-se que houve baixa em todas as rubricas, que foi muito sensível nalguns casos, como nos tecidos, onde desceu de 15 011 contos para 10 734 contos.

A província mantém saldos positivos com a metrópole e com o estrangeiro. As trocas com o ultramar português são-lhe desfavoráveis, devido essencialmente à compra de grandes quantidades de produtos alimentares, como peixe seco, farinha, arroz, milho e outros. As substâncias alimentícias tropicais são o fundo da exportação de 8. Tomé e Príncipe e formaram 78,2 por cento do conjunto, um pouco maior do que em 1959 (76,6 por cento). As matérias-primas (oleaginosas) vêm a seguir. O resto da exportação tem pouco interesse.

Indicam-se adiante os valores, por classes, das pautas alfandegárias:

Não parece ser fácil, dada a estrutura económica da província, modificar substancialmente, pelo menos nos anos mais próximos, a predominância das substâncias alimentícias (cacau e outros). Talvez fosse possível diversificá-las, aumentando a comparticipação do café, que é de excelente qualidade. A actual posição dos mercados, no que respeita a cacau, torna aleatória a economia provincial.

As principais exportações foram as que seguem:

A exportação de cacau atingiu 156 389 contos,- bastante mais do que em 1959, mas inferior à de 1958. Representa cerca de 73,7 por cento do total. Mas a exportação do café manteve-se, com melhoria no café Arábica e diminuição no Libéria.

A soma das oleaginosas - o coconote, a copra e o óleo de palma - melhorou em 7500 contos, apesar da redução na copra. Tanto o coconote como o óleo de palma tiveram melhorias apreciáveis.

Quanto aos preços unitários, houve grande queda no do cacau. O preço unitário em 1960 arredondou-se com 15 300$, ao passo que o de 1959 atingira os 19300$. Esta diferença muito sensível, consequência de terem sido lançadas no mercado por outras zonas produtoras partidas grandes de cacau que levaram ao arrastamento dos preços; deve ter causado perturbações às empresas agrícolas da província.

As cotações da copra permitiram valor unitário da exportação deste produto ligeiramente mais baixo: 5100$ em 1959 e 4900$ em 1960.

A descida nas cotações reflectiu-se na estruturação económica da província. A produção de S. Tomé e Príncipe reparte-se por muitos países. Mas as exportações de cacau concentram--se em dois ou três mercados: a Holanda (40 334 contos), a Inglaterra (32 796 contos), os Estados unidos (22 045 contos) e a metrópole (18 931 contos). '

Outros mercados de menor projecção, mas alguns num sentido ascendente, são a Alemanha (9922 contos), a Itália (6364 contos), o Chile 5159 contos), a Rússia (4947 contos), e ainda a Suíça, a Grécia e o Japão.

Todos estes países importaram, cada um deles, mais de 2000 contos de cacau de S. Tomé e Príncipe.

A origem e o destino do comércio externo A maior importação é feita da metrópole, seguida pelo estrangeiro. Com a metrópole a província manteve um saldo positivo da ordem dos 11 316 contos. O saldo fora negativo em 1959 (menos 6745 contos).

O saldo com o estrangeiro é sempre positivo. A seguir indicam-se os saldos.