O exame dos elementos relativos aos dois anos oferece alguns dados de interesse quanto ao peso e valor das mercadorias exportadas em cada um deles.
Convém exprimir em cifras os aumentos e diminuições que se deram tanto no peso como no valor exportado.
A seguir dão-se essas alterações de 1960 em relação a 1959:
Parece ter havido recuperação sensível no sisal e desperdícios, no açúcar e no algodão em rama. Os minérios de ferro continuaram a sua ascensão, que ainda se há-de acentuar nos anos mais próximos, depois de melhorados os transportes e as condições de safra das minas. Apareceu uma exportação apreciável de fuel oil. Angola parece estar à beira de suprir as suas importações de combustíveis líquidos e até de exportar ramas.
(a) Quilatos.
(b) Estes números não figuram na soma.
A soma eleva-se a 2 720 100 contos, num total de 3 565 000 contos, ou 76,3 por cento, muito menor do que nos anos anteriores. Em valores, estes produtos alinharam-se com muito menos. Nalguns casos, como nos diamantes, a quebra não se deve a dificuldades de produção, mas, antes, à situação dos mercados.
O declínio da indústria do peixe, tal como transparece das cifras, é lamentável. Viu-se o ano passado que a exportação descera 111 300 contos em relação a 1958. Em 1960 ainda desceu 101 600 contos em relação a 1959. A quebra de 212 900 contos em dois anos aproxima-se da ruína de uma indústria que tudo indicava poder atingir um grau de prosperidade de interesse para a província. Os reveses desta indústria dão lugar a melancólicas reflexões sobre certos problemas económicos de Angola.
Finalmente, parece que a cultura do sisal manteve o seu lugar a despeito de vicissitudes de cotações, visto continuar a melhorar a sua exportação.