Parece que uma das razões da diminuição da contribuição predial urbana se filia no facto de terem sido demolidos prédios sujeitos à imposição e substituídos por outros sujeitos a isenção por dez anos. No caso da contribuição industrial, o aumento foi de 4619 contos, que acresce a 1398 contos em 1959 e está dentro do ritmo do desenvolvimento industrial da província. O imposto profissional melhorou em 1961 contos. Apesar de recente, já caminha para um índice de 300 em relação a 1950, ano em que pela primeira vez foi aplicado. A receita deste imposto é constituída em grande parte pelas contribuições dos empregados por conta de outrem, que foi orçamentada em 23 150 contos e rendeu muito mais. No imposto saibre explorações agrícolas deu-se uma diminuição de 2704 contos, fixando-se em 26 397 contos. As incertezas da produção e a baixa nas cotações devem ter concorrido para este declínio. No imposto complementar também se nota decréscimo apreciável, da ordem dos 2723 contos. Este decréscimo vem a seguir ao do 1959, de 7763 contos. A base deste imposto de rendimento, a contribuição industrial, o imposto profissional, o imposto sobre explorações agrícolas e a contribuição predial urbana não permitiram melhoria. Antes se nota em cada ano retrocesso, que precisa de ser atalhado. A receita em 1960 desceu para 71 418 contos. Os dois impostos, complementar e de explorações agrícolas, somaram 97 815 contos, menos 13 003 contos do que em 1958. A sua evolução nos últimos três anos foi a seguinte: Na taxa pessoal, que teve a receita de 120 733 contos, o aumento foi de apenas 269 coutos, inferior ao previsto. Não parece que o imposto possa render muito mais, a não ser que haja alterações de taxas. A sisa sobre a transmissão de imobiliários a título oneroso continuou a diminuir o seu contributo para as receitas. Atingiu um máximo em 1958, com 24 889 contos. A receita de 1960 não passou de 16 743 contos, menos 3897 contos do que no ano anterior. Em outros impostos, como sucessões e doações e diversos, as alterações não foram grandes. Mais 572 contos nas sucessões e doações e pequenos aumentos e decréscimos nos restantes. Neste capítulo deu-se uma considerável redução de receitas. Já o ano passado se notara decréscimo, da ordem dos 50 618 contos, em relação a 1958, a que deve somar-se nova diminuição, agora de 53 048 contos. A baixa de 103 666 em dois anos, num total de 500 000 contos, números redondos, em 1959, é muito grande e influiu nas contas pronunciadamente.

Estes impostos são constituídos pelos direitos aduaneiros de importação e exportação e imposto do selo. O último melhorou, mas os direitos têm diminuído muito, em especial os de exportação, com receita que em 1959 foi de 154 984 contos, contra 223 452 contos ainda há dois anos.

Assim, os direitos aduaneiros, em declínio acentuado, concorreram para a baixa notada no capítulo. Nos dois últimos anos as suas receitas e decréscimos constam do quadro que segue:

De cerca de 549 000 contos em 1958, desceram para menos de 444 000 contos, uma baixa da ordem dos 105 000 contos. Nos direitos de importação a baixa foi de 21 929 contos, num total de 287 630 contos. A diminuição em valores nas importações pode justificar parte deste decréscimo. A produção local também deve ter concorrido. Neste caso haverá compensação noutros capítulos. Nos direitos de exportação a baixa foi mais acentuada, da ordem dos 36 317 contos, a que se junta o decréscimo verificado em 1959, também da ordem dos 32 151 contos.

Parece que a causa desta diminuição considerável provém de quebra na cobrança de alguns produtos exportados, como o café. Também influiu nela a suspensão da cobrança de parte das imposições que incidiram sobre certos derivados da pesca. Crises parciais e actividades em indústrias reflectem-se seriamente nas contas. O imposto do selo melhorou e atingiu 97 608 contos, mais 5832 coutos do que em 1959.

A melhoria deu-se em grande parte no imposto por estampilhas fiscais, que rendeu 32 137 contos.

O selo de verbas (24 016 contos) e o selo especial de licença (11 798 contos) auxiliaram a receita. Os impostos indirectos tiveram a forma seguinte nos últimos dois anos:

Ainda se nota que os direitos de importação constituem mais de metade do capítulo.