Não é fácil, em muitos casos, a construção de novas estradas, dada a natureza do terreno e as dificuldades de clima. Mas é preciso fazer um esforço no sentido de melhorar as actuais vias de comunicação, não só no que respeita a pavimentos como a traçados. As próprias exigências de defesa o impõem. Não contando com obras executadas por governos distritais e outros organismos, a Conta Geral indica o dispêndio de 76 083 contos em edifícios, por força de despesas extraordinárias. Há a acrescentar as verbas inscritas no orçamento ordinário.

A seguir indica-se o destino das quantias gastas:

Contos

Em despesas ordinárias utilizaram-se na construção de edifícios e sua conservação e aproveitamento 79 421 contos, sendo 42 105 contos em obras novas e o saldo na conservação.

Assim, por força de despesas ordinárias e extraordinárias, as somas gastas, elevam-se a 150 504 contos.

Não se pode dizer que seja por aí além a massa de construção de novos edifícios num país que se atrasara nesta matéria.

Dadas as condições financeiras, deve, porém, procurar-se executar só obras indispensáveis, quer dizer: estabelecer um plano de prioridades nas novas construções.

Aproveitamentos hidroeléctricos Estão concluídos os aproveitamentos da Matala e Biópio, embora ainda se despendessem neles verbas em 1960, e prossegue a construção do aproveitamento de Cambambe, no Cuanza, que se julga poder fornecer energia dentro de um ou dois anos.

Por outro lado, as linhas de transporte e a grande distribuição de energia ainda consumiram somas que se elevaram a 32 569 contos. O esquema do Sul deve estar pronto.

Por força das despesas extraordinárias as verbas gastas foram:

Contos

Relacionado com o aproveitamento de Cambambe há também a considerar a utilização de 45 000 contos no aproveitamento hidroagrícola do Cuanza-Bengo.

Estes pareceres estudaram já o problema do Cuanza detidamente, antes de ser iniciado e também depois de ter sido tomada uma resolução sobre o aproveitamento do Cuanza.

Os pareceres continuam a manter a opinião expressa há muitos anos, quando se sugeriu o aproveitamento do rio e se expuseram as bases da coordenação entre os planos de rega, de energia e de navegação.

Povoamento e rega na Cela Continua a pesar no orçamento das despesas extraordinárias a obra do povoamento e rega na Cela. Utilizaram-se em 1960 mais 102 947 contos, a ajuntar a 62 309 contos gastos em 1959 e a algumas centenas de milhares de contos em exercícios anteriores.

Este é um caso típico da inconveniência que há em iniciar a execução de obras insuficientemente estudadas.

Poderá servir de exemplo a ponderar quando se pretenda executar projectos de interesse hidroagrícola ou outros.

O financiamento da Cela em 1960 proveio de saldos de anos económicos findos (32 781 contos), imposto de sobrevalorizações (29 678 contos) e receitas do Fundo de Fomento (40 488 contos). Somaram 31 330 contos as despesas das obras do Cunene, na rega, no povoamento, no aproveitamento da Matala e em estudos. Mas a porte mais importante cabe ao povoamento, como se nota a seguir:

Contos

A origem dos financiamentos foram os saldos de anos económicos findos e o imposto de sobrevalorizações.

Outras despesas extraordinárias Por força de despesas extraordinárias, incluídas ou não no Plano de Fomento, intensificaram-se algumas obras ou empreendimentos, entre os quais merecem relevo: a revisão da cartografia geral (31 773 contos), estudos geológicos (4354 contos), estudo e aproveitamento de meios de obtenção de água doce (3619 contos), fomento pecuário (13 337 contos), fomento agrário e florestal (18 508 contos).

Todas as obras e empresas deste tipo podem ter projecção grande na economia da província.

A sua concepção e execução dominam* porém, a sua utilidade.

Utilização de empréstimos Por força de empréstimos gastaram-se 278 405 contos em 1960. A sua distribuição por obras ou empresas foi como segue:

contos

Produção, transporte e grande distribuição de energia ............. 32 569