da primeira mercadoria, mas já o não é o caso da segunda, que, em valor, trouxe uma queda de 11 328 contos. A castanha de caju valorizou-se, porque menos 6055 t do que em 1959 produziram mais 22 946 contos. Aqui está uma mercadoria que merece todos os cuidados, por constituir um valor interessante na exportação e poder tornar-se muito maior quando for feita a preparação integral na província.

A seguir dá-se a evolução da tonelagem dos diversos produtos exportados, com os respectivos valores unitários:

Como se nota, desceu ligeiramente o valor unitário do algodão em rama. A província exportou já 44 406 t desta fibra. Embora fosse pequena a redução no açúcar, cerca de 3000 t, a província tem condições para muito maiores exportações.

Na copra houve quebra de cotações, mas a melhoria, no chá foi sensível, assim como no sisal.

Algumas outras exportações começam a pesar na balança e são susceptíveis de grande melhoria, como os minérios, os bagaços de oleaginosas, as frutas, as madeiras e mais.

Destino das exportações A metrópole e o ultramar consomem mais de metade dos produtos moçambicanos. A percentagem de 51 é um pouco inferior à de 1959, que se arredonda em 52,3. Mas tanto uma como outra são maiores do que as dos anos anteriores.

O destino da exportação foi como segue, em percentagens:

Embora, como se viu, a província se abasteça em larga escala em países estrangeiros, por cerca de dois terços do total das importações, estes compram a Moçambique menos de metade das suas exportações. Assim, o comércio externo com a maior parte dos países é altamente deficitário.

Os países que compram as mercadorias moçambicanas são os que seguem:

A última coluna mostra os saldos positivos e negativos com coda um. Os deficits atingem cifras muito grandes no caso da África do Sul, Inglaterra e Alemanha. No primeiro, o pagamento de serviços (transportes ferroviários e porto de Lourenço Marques) compensa o déficit comercial, mas no caso da Inglaterra e da Alemanha o déficit não tem compensação adequada. A província pode produzir produtos de que aqueles países são grandes consumidores, como o tabaco, o chá, certos minérios, as oleaginosas, os frutos e ainda outros. Não poderá fazer-se um esforço no sentido de introduzir nestas zonas estes produtos em condições aceitáveis naqueles mercados?

Balança de pagamentos Tão altos desequilíbrios na balança do comércio produzem os seus efeitos na balança de pagamentos, com déficit que tende a agravar-se. A sólida posição das disponibilidades do Fundo Cambial é de molde a arcar com esses deficits, mas o seu agravamento deve ser motivo de preocupações.

Em 1960 o déficit da balança de pagamentos subiu para 270 000 contos. Notem-se os saldos negativos: 52310 contos em 1958, 89858 contos em 1959 e 270 432 contos em 1960.

A razão dos saldos positivos da balança de pagamentos até 1958 residia no grande volume de invisíveis, provenientes, em grande parte, dos transportes ferroviários e dos portos. Não diminuiu o volume desses invisíveis. O déficit da balança do comércio é que aumentou. A posição do Fundo Cambial decaiu a partir de 1956, quando atingiu o máximo de l 967 000 contos.