Nota-se que os grandes aumentos se deram nos serviços e nos encargos gerais. Embora, como se viu também, se verifiquem acréscimos noutras rubricas, aquelas são as que mais pesam no resultado final. A dívida da província, toda a cargo da metrópole, quer directa, quer indirectamente, tem continuado a subir. Ultimamente o financiamento dos planos de fomento tem requerido a inversão de somas de grande volume, na relatividade dos meios financeiros, fornecidos pela metrópole.

O capital da dívida elevou-se, assim, para l 625 909 contos, de 1 438 496 contos que era em 31 de Dezembro de 1959. O aumento no ano foi de 187 413 contos.

A dívida discrimina-se da forma que segue:

O aumento do capital da dívida em 1960 proveio de dois novos empréstimos, um de 130 000 contos e outro de 70 000 contos, ambos destinados ao financiamento do II Plano de Fomento. Eles acham-se incluídos no débito do Tesouro da metrópole, onde o acréscimo foi de 209 113 contos.

O que é paradoxal até certo ponto na situação da província nesta matéria é a sua posição credora em relação aos organismos que financia.

Viu-se que a dívida da província se eleva a 1 625 909 contos. O seu Tesouro actua como banqueiro ou intermediário no financiamento dos organismos autónomos ou autarquias locais. Os seus créditos sobre esses organismos são superiores à dívida da província, como se nota a seguir:

O maior devedor do Tesouro da província é a Administração dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes, com l 711 355 contos. Este organismo, em boas condições de solvabilidade, liquida todos os anos os seus encargos, que, por sua vez, permitem a liquidação dos encargos da dívida.

Outros débitos são de muito menor valor e estão a ser amortizados normalmente.

Encargos da divida Os encargos da dívida subiram para 100 903 contos, mais 5955 contos do que em 1959.

O aumento dos encargos deriva dos novos empréstimos contraídos em 1959 e 1960, como se nota nos números que seguem:

Contos

Encargos criados pelo Decreto-Lei n.º 39 935, de 25 de Novembro de 1954 (empréstimos de 220 000, 27 000 e 23 000 contos) .................. 19 740

Encargos criados pelo Decreto-Lei n.º 42 817, de 25 de Janeiro de 1960 3 911

Os encargos da dívida foram integralmente liquidados por entregas no capítulo dos reembolsos e reposições. A Administração dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes reembolsou 110 246 contos de empréstimos, como se nota a seguir:

Contos